Dando prosseguimento às mobilizações definidas na assembleia geral da última sexta-feira, que decidiu pela greve do funcionalismo por prazo indeterminado, os municipários comparecem na Câmara Municipal nesta terça-feira pela manhã para buscar junto aos vereadores o apoio para que o Executivo reabra as negociações relativas à pauta da data-base da categoria.

À tarde, a partir das 15 horas, os municipários estarão concentrados em frente à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), na rua Professor Araújo (quase esquina com Major Cícero), para registrar Boletim de Ocorrência denunciando os roubos históricos que têm vitimado a categoria.

O movimento prossegue na quarta-feira, com realização de uma grande marcha com saída do Altar da Pátria, a partir das 14h30min e, na quinta, plenária na Praça Coronel Pedro Osório, às 9 horas, para avaliar o movimento e definir novas mobilizações.

As informações são do presidente do Sindicato dos Municipários (Simp), Duglas Lima Bessa, acrescentando que a greve foi definida pelos mais de 1.700 servidores presentes à assembleia da categoria diante da intransigência do Governo Municipal em negociar as reivindicações relativas à data base da categoria.

“Não podemos concordar com o que a Prefeitura vem noticiando na imprensa local, chamando de “aventura” a greve dos municipários. Temos motivos de sobra para paralisar as atividades. A greve dos servidores é em defesa do serviço publico de qualidade”, afirma.

Ainda respondendo ao que vem sendo afirmado pela Administração Municipal, Duglas afirma que o rompimento das negociações se deu por parte do Executivo e não pelos municipários.

“A categoria entendeu e entende que este não é o momento para debater planos de carreira, pela total falta de tempo para aprofundar estas discussões, frente aos prazos impostos pela Lei Eleitoral, definindo por prosseguir nas negociações relativas à pauta da data-base. Quem rompeu as negociações foi o Governo, empurrando os municipários para a greve”, avalia o presidente do Simp.

Os municipários reiteram a definição de exigir atendimento às reivindicações relativas à data-base: reajuste salarial de 16%, vale-alimentação de R$ 210,00, base de cálculo de R$ 622,00 para fins de incidência de vantagens, ampliação do adicional de risco de vida para guardas e agentes de trânsito e cumprimento da Lei do Piso do Magistério. Também exigem o atendimento quanto à denominada pauta permanente.

“A atual administração municipal esperou sete anos para aceitar debater plano de carreira, somente apresentando proposta no último ano e às vésperas do final do prazo para sua votação e aprovação e ainda assim retirando direitos dos trabalhadores”, lembra Duglas.