Reunidos em assembleia geral na manhã desta terça-feira os municipários definiram por rejeitar o requerimento apresentado pelo prefeito Eduardo Leite para participar da plenária e defender sua proposta de reajuste salarial. O requerimento foi negado quase por unanimidade, após diversas manifestações de servidores no sentido de que a assembleia é um espaço da categoria e que é aberto somente aos municipários, independentemente de qual prefeito esteja no exercício do cargo. Dos mais de mil servidores presentes, apenas cinco votaram a favor da presença do prefeito.

O requerimento de Eduardo Leite foi entregue à direção do Simp e à comissão de negociação, em reunião realizada na segunda-feira a tarde. “Mesmo sendo contrários ao pedido, decidimos respeitar o caráter democrático das assembleias e submeter a decisão para a categoria, que decidiu por não aceitar o pedido”, salienta o presidente do Sindicato dos Municipários, Duglas Lima Bessa.

A categoria também definiu por manter a mobilização, buscando a melhoria da proposta apresentada pelo Governo, que é de 7,50% de reajuste e mais R$ 10,00 no vale-alimentação, marcando nova assembleia para sexta-feira, às 14h30min, também no Pelotense. “Mais uma vez a proposta não foi rejeitada, mas a categoria entende que ainda há espaço para sua melhora”, esclarece o presidente do Simp.

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PARALISAÇÕES

Antes da próxima assembleia, os municipários paralisam nesta quarta e quinta-feira, com as seguintes atividades de mobilização: na quarta-feira, presença na Câmara de Vereadores, a partir das 9h e na quinta-feira, às 14 horas, marcha pelas ruas da cidade, com saída do Altar da Pátria, no Parque Dom Antônio Zattera.

Na Câmara o objetivo é buscar o trancamento da pauta de votações de projetos de lei do Executivo e o debate a respeito do descumprimento das emendas orçamentárias. “Queremos saber porque a emenda do vale-alimentação, que prevê o pagamento de R$ 220,00 a este título, não está sendo respeitada na proposta do Governo, assim como as emendas que comprovam a existência de recursos para a  elevação dos menores padrões salariais ao valor do salário mínimo nacional e o cumprimento da lei do piso salarial nacional do magistério”, explica Duglas Lima Bessa.

“A marcha na quinta-feira pretende dar visibilidade para a situação de miserabilidade funcional e salarial dos municipários”, diz o presidente do Simp. Ainda conforme Duglas, a marcha vai culminar na Prefeitura, onde será buscada nova reunião de negociação. “Se o prefeito quer conversar diretamente com a categoria, a oportunidade será na quinta-feira, na Prefeitura, onde finaliza a marcha dos municipários, garantindo um nova rodada de negociação com a presença dos municipários dentro da Prefeitura”, ressalta.