Em assembleia geral realizada na tarde de quinta-feira, os municipários definiram por não colocar em votação a proposta apresentada pelo Executivo, sem desconsiderá-la ou rejeitá-la, mas sim pela manutenção da negociação a fim de avançar nos pontos da pauta, os quais se encontram muito distantes daqueles reivindicados pelos municipários, criando também uma comissão de negociação, e esta, juntamente com a direção do Simp, em busca de reunião.

“A assembleia teve uma boa participação, a categoria teve o entendimento de manutenção do debate com o governo Paula para buscarmos avançar nos pontos da Pauta Data-Base”, informa a presidente do Simp, Tatiane Lopes Rodrigues.

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“Infelizmente o governo Paula apresentou uma proposta muito abaixo das necessidades mínimas da categoria, que vive uma realidade de padrões abaixo do mínimo nacional, técnicos científicos com seus salários defasados, professores sem receber seus pisos, vale-alimentação sem reajuste no ano passado, então precisamos buscar avanços na proposta apresentada”, avalia.

Na reunião realizada na semana passada com o Governo, quando da entrega de sua proposta, em nenhum momento mencionava sobre o reajuste da parcela Estratégia de Saúde da Família (ESF), onde na oportunidade a prefeita comprometeu-se em responder quanto a este item até a realização da assembleia, o que não foi feito.

Cabe salientar também que quando se avalia que a pauta do Governo encontra-se muito distante ou abaixo do pleiteado pelos servidores, não se refere especificamente às questões econômicas, mas bem como àquelas de caráter de regulamentação de leis, a exemplo do adicional de risco de vida para todos aqueles servidores que tenham sua integridade física colocada em risco permanentemente em suas atividades; insalubridade; ampliação das Requisições de Pequeno Valor (RPVs); e carga horária de seis horas diárias. Também não ocorreram progressos nos pontos aposentadoria especial dos Guardas Municipais, viabilização de um Fundo de Assistência Médica aos servidores celetistas, e reajuste das diárias.

“Entendemos também que o mínimo que o Governo precisa contribuir é com um debate que possibilite a garantia de devolução dos dias descontados através de uma lógica de compensação de tais dias, incluído na nossa pauta como composição de conflitos, pois as lutas contra as reformas previdenciária e trabalhista são de todos os cidadãos, e os municipários, quando participam destes movimentos, lutam por si e consequentemente por toda a população que será prejudicada por estas reformas, logo, não nos negamos a compensar, mas queremos a garantia da devolução dos descontos ocorridos e não implicação nas fichas funcionais dos servidores”, critica Tatiane Lopes Rodrigues.

Também foi aprovado pela categoria a assembleia em caráter permanente, onde a qualquer tempo em face da dinâmica das negociações o Simp poderá convocar os municipários.

O Simp já encaminhou ofício para a prefeita Paula requerendo reunião com a maior brevidade possível com o objetivo de tratar da negociação da pauta.

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