O Sindicato dos Municipários encaminhou no começo da semana passada um novo requerimento ao Ministério Público do Trabalho solicitando a intermediação para fins de realização de reunião entre as representações do Simp e da Prefeitura, para garantir uma efetivação do acordado ao final da greve dos professores municipais.

No dia 26 de junho o SIMP já havia protocolado requerimento para o procurador Gilberto dos Santos fundamentado pela falta de avanços concretos do governo quanto  a aplicação do salário base nacional dos professores.

“A categoria cumpriu o acordo proposto pelo Ministério Público do Trabalho e a prefeitura simplesmente ignorou a sua parte. Os professores definiram pelo final da greve diante da proposta do Ministério Público do Trabalho, que apontou para o debate entre as partes envolvidas para fins de cumprimento da Lei do Piso Salarial Nacional do Magistério”, salienta o presidente do Simp, Duglas Lima Bessa.

Conforme Duglas, desde então não houveram avanços nos debates com os representantes do Executivo. “A secretária de Educação, Mariluce Vieira, propôs um debate já ultrapassado, qual seja, por meio do plano de carreira, o que já foi rejeitado pela categoria por significar que, na prática, a aplicação do piso nacional seria financiada pelas próprias vantagens dos professores, que seriam suprimidas”, critica.

No final da tarde da ultima sexta-feira o SIMP recebeu um email do Ministério Público do Trabalho, onde o mesmo ressalta que o “Município de Pelotas foi notificado para informar se tem interesse na mediação solicitada pelo SIMP. O Município tem prazo de 10 dias para manifestação. Estamos aguardando o decurso do prazo de resposta e após os Srs. serão comunicados.” “A prefeitura terá até dia 23 de julho para informar ao Ministério Público do Trabalho se vai participar da reunião.

A comunidade escolar espera que o prefeito Fetter Jr. compareça na reunião para que um debate efetivo seja objetivado. Tivemos mais de 50 dias em greve e existe uma falta permanente de professores nas escolas. Seria mais uma irresponsabilidade do Executivo deixar que os trabalhadores em educação cheguem a uma nova assembleia sem a concretude do que foi deliberado junto ao Ministério Público.

Após resposta oficial do Ministério Público do Trabalho será convocada Assembleia Geral a fim de dar os devidos encaminhamentos