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GOVERNO MUNICIPAL É O RESPONSÁVEL PELAS PARALISAÇÕES

“Entendemos que o único responsável pelas paralisações, atos de protesto e das várias assembleias dos municipários é o Governo Municipal, que inicialmente demorou vinte dias para responder à pauta de reivindicações da categoria e, quando responde, diz que reajusta salários somente pelo índice da inflação, aumenta em R$ 10,00 mensais o vale-alimentação e diz que não tem condições de cumprir a Lei que estabelece o piso nacional do magistério”, aponta  Duglas Lima Bessa.

Para Duglas, as respostas apresentadas pelo Governo não necessitariam de nenhum “estudo de viabilidade financeira”, como alegou o Executivo, pois não houve nenhuma novidade que justificasse a demora para as respostas.

“Se a idéia era de propor o reajuste exclusivamente pelo índice da inflação, de não cumprir a lei do piso do magistério e sequer apresentar cronograma para seu cumprimento, além de aumentar em apenas R$ 10,00 o valor do vale-alimentação, muito abaixo do que está previsto no orçamento, não havia necessidade de nenhum estudo de viabilidade financeira”, critica o presidente do Simp.

SIMP CONSEGUE REUNIÃO COM O GOVERNO

Hoje à tarde a Comissão de Vereadores conseguiu agendar reunião entre o SIMP/Categoria e Executivo para amanhã (25) às 11h.

Relatos e novos encaminhamentos na Assembleia Geral da categoria de quinta-feira as 9 e 30, no Pelotense

MUNICIPÁRIOS REPUDIAM POSTURA DO EXECUTIVO

A respeito da informação da Prefeitura divulgada pela imprensa no final de semana, quanto ao encaminhamento à Câmara de Vereadores das respostas do Executivo à pauta de reivindicações da categoria, os Municipários de Pelotas têm a esclarecer o quanto segue:

1) a categoria dos Municipários repudia veementemente a postura da Administração Municipal em simplesmente desconsiderar os processos de negociação com o funcionalismo;

2) ao contrário do que divulgou a Prefeitura, os Municipários não rejeitaram a proposta do Executivo, mas sim votaram e definiram em assembléia geral manter as negociações, como sempre tem ocorrido em anos anteriores, frente a enorme distância entre os pedidos dos servidores e a contraproposta da Administração Municipal;

3) os Municipários não aceitam a postura governamental, que rompe uma negociação nem iniciada, tentando furtar o direito de seus trabalhadores de buscar avanços numa proposta muito aquém do sugerido pela categoria;

4) a pauta de reivindicações dos Municipários foi entregue à Prefeitura em 28 de abril e respondida somente em 18 de maio, demora totalmente injustificada, principalmente por não conter absolutamente nenhum item que ao menos se aproxime do que pretende e necessita a categoria, em especial quanto ao reajuste salarial, em que oferece nada mais do que o índice oficial da inflação e aumento de R$ 10,00 no vale-alimentação;

5) os Municipários querem reajuste salarial linear de 13,2%, R$ 545,00 de  base de cálculo de vantagens e vale-alimentação de R$ 200,00, entre outros itens;

6) não há como entender as alegações de dificuldades financeiras pela Prefeitura, pois em dezembro de 2010, portanto há apenas cinco meses atrás, foi divulgada notícia pelo próprio Governo afirmando que no ano passado houve economia de R$ 12 milhões por meio de negociação com a CEEE, renegociação com o INSS, gerando economia de R$ 2,1 milhões aos cofres municipais e acréscimo de 2,1 milhões na receita do IPTU e de R$ 3,3 milhões no ISSQN;

Portanto, as projeções ufanistas da Administração Municipal passam longe da realidade vivida pelos servidores, que certamente estão entre os mais mal pagos do Brasil; ou a Prefeitura não disse a verdade para a população quando divulgou aqueles dados “extraordinários” de capacidade administrativa, ou não está dizendo a verdade para os Municipários ao responder a pauta alegando falta de recursos para atender às reivindicações da categoria;

7) Os Municipários esperam que a Câmara de Vereadores respeite a opinião da categoria e as instâncias de diálogo entre servidores e Administração Municipal e devolva ao Executivo suas respostas às reivindicações do funcionalismo, possibilitando, desta forma, o efetivo início das negociações, que até a presente data, por exclusiva responsabilidade da Prefeitura, ainda não iniciaram.

SINDICATO DOS MUNICIPÁRIOS DE PELOTAS

Duglas Lima Bessa

Presidente do Simp

Cartaz_assembléia_26-05-2011

MUNICIPÁRIOS PARALISAM SEGUNDA E TERÇA E FAZEM NOVA ASSEMBLEIA QUINTA-FEIRA

Em assembleia que reuniu quase 1.500 municipários na Praça Coronel Pedro Osório na tarde de quinta-feira, a categoria decidiu paralisar suas atividades na segunda e terça-feira, e realizar nova assembleia na próxima quinta-feira pela manhã, desta vez no auditório externo do Colégio Municipal Pelotense, sendo mantido o indicativo de greve.

Os municipários também votaram pela manutenção das negociações relativas às reivindicações da categoria com o Executivo, frente a distância entre os pedidos dos servidores e a contraproposta apresentada pela Prefeitura na quarta-feira.

Nas diversas manifestações os municipários manifestaram sua revolta com as respostas da Prefeitura à pauta de reivindicações encaminhada pelo Sindicato dos Municipários, em especial quanto ao índice de reajuste de 6,3% e acréscimo de R$ 10,00 no vale-alimentação.

“As respostas do Executivo estão muito distantes do que os municipários necessitam. Na pauta apresentada para a Prefeitura a categoria requer reajuste de 21,11% e vale-alimentação de R$ 200,00, entre outros itens”, aponta o presidente do Simp, Duglas Lima Bessa.

“Consideramos como verdadeiramente aviltantes as respostas do Governo, pois para conceder simplesmente o reajuste do índice oficial da inflação não haveria qualquer necessidade de estudo de impacto financeiro, como alegaram os representantes do Executivo para justificar a demora em responder a pauta apresentada pela categoria”, critica Duglas.

Além do baixo índice de reajuste, o acréscimo de R$ 10,00 no vale-alimentação, que passaria dos atuais R$ 100,00 para R$ 110,00, não atende ao que pretendem e necessitam os municipários, principalmente pelo fato de que no orçamento já está previsto o vale-alimentação de R$ 200,00.

“Não há como entender as alegações de dificuldades financeiras pela Prefeitura, pois em dezembro de 2010, portanto há apenas cinco meses atrás, foi divulgada notícia pelo próprio Governo afirmando que no ano passado houve economia de R$ 12 milhões por meio de negociação com a CEEE, renegociação com o INSS, gerando economia de R$ 2,1 milhões aos cofres municipais, acréscimo de 2,1 milhões na receita do IPTU e de R$ 3,3 milhões no ISSQN”, salienta.

Para o presidente do Simp, ou a Prefeitura não disse a verdade para a população quando divulgou aqueles dados “extraordinários” de capacidade administrativa, ou não está dizendo a verdade para os municipários ao responder a pauta alegando falta de recursos para atender às reivindicações da categoria.

“A matéria em que o Governo Municipal divulgou aquelas informações ainda está disponível no site da Prefeitura para todos aqueles que quiserem conferir”, afirma.

O Simp já enviou documento ao prefeito Fetter Jr. comunicando a decisão da categoria e requerendo reunião de negociação com a maior brevidade possível.

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