MUNICIPÁRIOS DECIDEM PROSSEGUIR NEGOCIAÇÃO E FAZEM NOVAS PARALISAÇÕES NA PRÓXIMA SEMANA
26/05/11
Os municipários lotaram o auditório externo do Colégio Municipal Pelotense na manhã desta quinta-feira para decidir pela manutenção das negociações relativas a data-base deste ano com a Prefeitura, cujas propostas foram consideradas muito distantes do que a categoria reivindica e necessita.
A informação é do presidente do Sindicato dos Municipários, Duglas Lima Bessa, acrescentando que a categoria também definiu paralisar na terça e quarta-feira próximas, com nova assembleia na quinta a tarde, a partir das 14h30min, também no Pelotense.
Além das paralisações, os servidores estarão na Câmara de Vereadores, na terça pela manhã, para buscar informações sobre o projeto de lei referente a data-base encaminhado pelo Executivo, a revelia da categoria, conforme divulgado na imprensa, fazendo caminhada na quarta-feira a tarde, partindo do Altar da Pátria.
Nesta sexta-feira, a direção do Sindicato, juntamente os integrantes da comissão de negociação representativa dos servidores e professores comparecerão na Prefeitura para apresentar formalmente a decisão da assembleia ao Executivo e também requerer nova reunião de negociação.
Conforme Duglas, embora na única reunião ocorrida até agora os representantes do Executivo tenham manifestado verbalmente, e após pela imprensa, o valor de R$ 1.009,00 como um início do cumprimento da Lei que estabelece o piso salarial do magistério, não foi apresentado qualquer documento formalizando esta proposta, bem como não há previsão de cronograma demonstrando como a Prefeitura pretende cumprir a Lei em sua integralidade”, comenta o presidente do Simp.
“Além disso, as demais propostas do Executivo estão muito longe do que estamos reivindicando. Em relação ao vale-alimentação, por exemplo, os 10% oferecidos pelo Governo representam a insignificância de R$ 10,00, já que o valor atual é de R$ 100,00 mensais, sendo que a reivindicação da categoria é do vale-alimentação de R$ 200,00 mensais, que está previsto no orçamento deste ano”.
E mais, para todos aqueles que têm salários acima do valor do salário mínimo nacional, como os servidores técnico-científicos por exemplo, o reajuste salarial oferecido é somente o do índice oficial da inflação, como tem ocorrido nos últimos anos.
“Diversas propostas foram apresentadas pelos servidores de forma totalmente democrática em nossa assembleia, sendo respeitadas todas as opiniões, sendo que os municipários, após analisarem todas as manifestações, votaram de forma amplamente majoritária pela manutenção da negociação com o Executivo”, informa o presidente do Simp.
Por fim, Duglas explica que as propostas da Prefeitura não foram rejeitadas, mas houve o entendimento por parte da categoria de que há possibilidade de avanços, chegando a um índice de reajuste acima da inflação, o aumento da base de cálculo para fins de incidência de vantagens, o valor do vale-alimentação no que já está previsto no orçamento e uma proposta oficial para o pagamento do piso salarial nacional do magistério, de forma a garantir sua integralidade.
GOVERNO MUNICIPAL É O RESPONSÁVEL PELAS PARALISAÇÕES
26/05/11
“Entendemos que o único responsável pelas paralisações, atos de protesto e das várias assembleias dos municipários é o Governo Municipal, que inicialmente demorou vinte dias para responder à pauta de reivindicações da categoria e, quando responde, diz que reajusta salários somente pelo índice da inflação, aumenta em R$ 10,00 mensais o vale-alimentação e diz que não tem condições de cumprir a Lei que estabelece o piso nacional do magistério”, aponta Duglas Lima Bessa.
Para Duglas, as respostas apresentadas pelo Governo não necessitariam de nenhum “estudo de viabilidade financeira”, como alegou o Executivo, pois não houve nenhuma novidade que justificasse a demora para as respostas.
“Se a idéia era de propor o reajuste exclusivamente pelo índice da inflação, de não cumprir a lei do piso do magistério e sequer apresentar cronograma para seu cumprimento, além de aumentar em apenas R$ 10,00 o valor do vale-alimentação, muito abaixo do que está previsto no orçamento, não havia necessidade de nenhum estudo de viabilidade financeira”, critica o presidente do Simp.
SIMP CONSEGUE REUNIÃO COM O GOVERNO
24/05/11
Hoje à tarde a Comissão de Vereadores conseguiu agendar reunião entre o SIMP/Categoria e Executivo para amanhã (25) às 11h.
Relatos e novos encaminhamentos na Assembleia Geral da categoria de quinta-feira as 9 e 30, no Pelotense
MUNICIPÁRIOS REPUDIAM POSTURA DO EXECUTIVO
24/05/11
A respeito da informação da Prefeitura divulgada pela imprensa no final de semana, quanto ao encaminhamento à Câmara de Vereadores das respostas do Executivo à pauta de reivindicações da categoria, os Municipários de Pelotas têm a esclarecer o quanto segue:
1) a categoria dos Municipários repudia veementemente a postura da Administração Municipal em simplesmente desconsiderar os processos de negociação com o funcionalismo;
2) ao contrário do que divulgou a Prefeitura, os Municipários não rejeitaram a proposta do Executivo, mas sim votaram e definiram em assembléia geral manter as negociações, como sempre tem ocorrido em anos anteriores, frente a enorme distância entre os pedidos dos servidores e a contraproposta da Administração Municipal;
3) os Municipários não aceitam a postura governamental, que rompe uma negociação nem iniciada, tentando furtar o direito de seus trabalhadores de buscar avanços numa proposta muito aquém do sugerido pela categoria;
4) a pauta de reivindicações dos Municipários foi entregue à Prefeitura em 28 de abril e respondida somente em 18 de maio, demora totalmente injustificada, principalmente por não conter absolutamente nenhum item que ao menos se aproxime do que pretende e necessita a categoria, em especial quanto ao reajuste salarial, em que oferece nada mais do que o índice oficial da inflação e aumento de R$ 10,00 no vale-alimentação;
5) os Municipários querem reajuste salarial linear de 13,2%, R$ 545,00 de base de cálculo de vantagens e vale-alimentação de R$ 200,00, entre outros itens;
6) não há como entender as alegações de dificuldades financeiras pela Prefeitura, pois em dezembro de 2010, portanto há apenas cinco meses atrás, foi divulgada notícia pelo próprio Governo afirmando que no ano passado houve economia de R$ 12 milhões por meio de negociação com a CEEE, renegociação com o INSS, gerando economia de R$ 2,1 milhões aos cofres municipais e acréscimo de 2,1 milhões na receita do IPTU e de R$ 3,3 milhões no ISSQN;
Portanto, as projeções ufanistas da Administração Municipal passam longe da realidade vivida pelos servidores, que certamente estão entre os mais mal pagos do Brasil; ou a Prefeitura não disse a verdade para a população quando divulgou aqueles dados “extraordinários” de capacidade administrativa, ou não está dizendo a verdade para os Municipários ao responder a pauta alegando falta de recursos para atender às reivindicações da categoria;
7) Os Municipários esperam que a Câmara de Vereadores respeite a opinião da categoria e as instâncias de diálogo entre servidores e Administração Municipal e devolva ao Executivo suas respostas às reivindicações do funcionalismo, possibilitando, desta forma, o efetivo início das negociações, que até a presente data, por exclusiva responsabilidade da Prefeitura, ainda não iniciaram.
SINDICATO DOS MUNICIPÁRIOS DE PELOTAS
Duglas Lima Bessa
Presidente do Simp