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FALTA DE PROFESSORES NAS ESCOLAS MUNICIPAIS

Não é só a falta de servidores que tem prejudicado o bom atendimento à comunidade escolar. O Simp também tem recebido inúmeras denúncias quanto a falta de professores para diversas disciplinas em várias escolas do Município.

Duglas Lima Bessa cita como exemplo a Escola Alcides Mendonça Lima, que não tem professor de matemática para a sexta série desde o início do ano letivo. “Já foram encaminhados diversos ofícios à Smed desde o final do ano passado, sem qualquer resposta efetiva por parte da Secretaria”. “Esta situação se repete na escola Rafael Brusque, com falta de professores de inglês, matemática e ciências também desde o início do ano letivo”, acrescenta.

“Temos um concurso ainda em vigência e totalmente insuficiente, desde a sua constituição, às necessidades das escolas. Recentemente o executivo aprovou na Câmara de Vereadores mais de duzentos contratos administrativos sem a devida justificativa quanto à necessidade destes no âmbito da prefeitura. Nenhum contrato foi feito para professor”, diz.

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QUEREMOS PERTENCER AOS 200 ANOS

Nestes 200 anos da comemoração do aniversário da cidade de Pelotas nós, trabalhadores desta cidade, e em grande parte os merecedores do mérito desta passagem histórica, gostaríamos que os motivos para comemorar fossem tão grandes quanto é o nosso sentimento de amor a esta cidade. Sentimento esse que se absorve quando começamos a ver as mazelas em que a cidade se encontra. No entanto, o poder público anuncia uma grande comemoração que não condiz com a realidade da população pelotense.

Enquanto o prefeito Fetter Júnior anuncia a cidade do alto, mostrando e enaltecendo os casarões, os trabalhadores se encontram lá embaixo, com cartazes e questionamentos que nos levam a pensar para quem está sendo feita a comemoração dos 200 anos. Queremos saber! Queremos participar! Mas como iremos comemorar? Gostaríamos de também aparecer no alto com nossa satisfação de fazer parte da cidade em que todos podem comer o doce. A doce cidade de Pelotas! A cidade das charqueadas, feita pelos escravos, construtores dos casarões, que hoje continuam servindo de cômodos para a elite (detentora do poder público) e que tão pouco tem mostrado em suas ações contemplar aqueles que continuam fazendo a cidade funcionar.

Temos visto historicamente uma cidade que há décadas sofre com a política do coronelismo. Os gastos públicos vêm disfarçados em uma revista que propagandeia uma cidade fantasiosa e doce e é distribuída para a população mostrando que educação, saúde e cultura são pontos de investimento do governo atual. Paremos para olhar bem esta cidade. Perguntemos como ela se encontra para qualquer cidadão que depende do poder público e logo teremos como resposta uma realidade triste e lamentável. Postos de saúde sucateados, pronto socorro lotado, falta de profissionais em diversas áreas da saúde, greves contínuas em quase todos os setores públicos que traduzem o descontentamento dos servidores com relação aos investimentos e ao destino do dinheiro público.

Na educação, as escolas sofrem com muros caindo; computadores que não funcionam, tecnologias de informação e comunicação que estão aquém dos objetivos pedagógicos, ambiente escolar que sequer possui internet, enquanto grande parte dos discentes já possui acesso a estas tecnologias; superlotação, principalmente nas escolas de educação infantil; professores que lutam por um piso já aprovado há quatro anos nacionalmente, cuja prefeitura teima em querer aprovar via plano de carreira, e assim destruir com a possibilidade tão sonhada de um real aumento que consiga se traduzir em melhorias na sua condição de vida e de trabalho. E a maioria dos servidores com padrões salariais iniciais abaixo do salário mínimo? E a falta de ganho real durante muitos anos?O que comemorar nestes 200 anos? Não conseguimos visualizar o que a propaganda da cidade teima em publicar! Onde está aquela boa via pública? Acaso estariam nas sinaleiras que não funcionam? No caos que se visualiza permanecer nos retornos da Avenida Fernando Osório? Nas ruas esburacadas dos bairros de periferia? Nos buracos das estradas de chão da zona rural? Onde está o teatro sete de abril? Onde está o carnaval como festa que atende a toda comunidade pelotense? Acaso estariam todos os nossos investimentos em salários de cargos de confiança? Acaso estariam nas viagens para Europa? Acaso estariam nos panfletos lustrosos que retratam uma cidade fantasia? Acaso estariam nos filmes que financiam a Globo? Acaso estariam nos incentivos fiscais para grandes empresários? Teríamos muitas outras perguntas a fazer e continuaríamos buscando as respostas…

Portanto, nos sentimos a margem da comemoração dos 200 anos! Não é um feriado que irá nos proporcionar o sentimento de pertencimento a esta história. Queremos participar desta comemoração sim. Queremos adorar a nossa cidade. Mas precisamos que o poder público no enxergue como prioridade. Somos trabalhadores. Somos cidadãos. Somos pelotenses. Somos o alicerce do que hoje se faz Pelotas. Queremos, portanto, perguntar novamente: 200 anos de quê?

SIMP – SINDICATO DOS MUNICIPÁRIOS DE PELOTAS

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MUNICIPÁRIOS PRESENTES NA CÂMARA

Os municipários compareceram na Câmara de Vereadores nesta quarta-feira pela manhã, cumprindo com deliberação de assembleia geral da categoria. Nesta quinta-feira o Sindicato dos Municipários está convocando três representantes dos servidores por cada setor para novamente se fazerem presentes no legislativo.

O objetivo, conforme a vice-presidente do Simp, Tatiane Lopes Rodrigues, é o de manter vigilância para evitar que qualquer projeto de lei que possa vir a prejudicar os servidores venha a ser votado pelos vereadores, como por exemplo os planos de carreira e regime jurídico.

“É importante que os setores enviem seus representantes para a Câmara para mantermos a unidade da categoria e garantirmos que nenhum projeto prejudicial aos municipários seja votado”, salienta Tatiane.

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FISCAIS DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA APONTAM RISCOS

Em reunião realizada na manhã de segunda-feira com a direção do Sindicato dos Municipários, os Agentes Fiscais que atuam na Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde apontaram as diversas situações de risco a que estão sujeitos no desempenho de suas atribuições.

A reunião faz parte de uma série de encontros realizados pelo Simp para coletar informações sobre vários cargos no Município que impõem aos servidores a exposição a riscos à integridade física e a própria vida. “Nosso objetivo é a construção de uma minuta de projeto de lei que disponha e regulamente o adicional de risco de vida para o conjunto da categoria”, informa o presidente do Sindicato dos Municipários, Duglas Lima Bessa.

Conforme Duglas, a legislação atual somente prevê o adicional de risco de vida para Guardas Municipais e Agentes de Trânsito. “O adicional existe exclusivamente para estes cargos, não havendo uma regulamentação geral sobre as situações de risco de vida para pagamento aos demais cargos cujas atribuições se enquadrem nestas condições”, explica.

Na reunião foram expostas inúmeros casos de risco nas funções dos agentes da Vigilância Sanitária, como participação no combate ao abigeato, busca e apreensão de carne clandestina, operações noturnas juntamente com o Ministério Público, acompanhamento de queima de drogas com a Polícia Federal, dentre outros.

“Houve inclusive o relato de participação de Agentes Fiscais da Vigilância Sanitária em ação policial em que somente o servidor não estava com colete a prova de balas, ficando evidente o risco de vida”, salienta o presidente do Simp.

Duglas informa ainda que o Simp já realizou reunião com os Agentes Fiscais da Secretaria de Gestão Urbana, onde também foram apontadas situações de risco, havendo outros servidores que também estão sujeitos a este quadro e que igualmente serão ouvidos, como os Educadores Sociais da Secretaria de Cidadania, por exemplo.

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