“Ao contrário do que foi divulgado pelo prefeito Eduardo Leite, os municipários ainda não viram os avanços de que se orgulha e a valorização dos servidores que propagandeia”, critica o presidente do Sindicato dos Municipários, Duglas Lima Bessa, contestando a avaliação do atual Governo Municipal pelo prefeito a respeito dos primeiros cem dias desta gestão.

“Nestes primeiros cem dias os municipários só sentiram cortes em seus direitos: o vale alimentação passou a ser pago por CPF e não mais por matrícula, como ocorria desde a conquista desta vantagem, as horas extras cumpridas não estão sendo pagas para todos e, quando o pagamento ocorre, não é em sua integralidade, os cortes no pagamento do incentivo e do difícil acesso”, elenca.

“Os municipários também enfrentam dificuldades para utilização do cartão magnético do vale-transporte, que vem causando constrangimento aos servidores, o repetido atraso no pagamento dos salários por meio do Banco Santander, o desvio de função e exposição dos Agentes Comunitários de Saúde a situações de risco e intoxicação, problemas de relação com as chefias da guarda municipal e tantos outros. Portanto, o prefeito deve mudar radicalmente sua postura se quiser ressaltar a valorização dos servidores”, salienta Duglas.

De acordo com o dirigente do Simp, fazendo-se uma relação entre o valor divulgado pelo prefeito de que 20% da redução dos Cargos de Confiança (CCs) geram uma economia anual de R$ 2 milhões, logo, R$ 167 mil mensais, então, quando a Prefeitura cortou o vale-alimentação dos servidores que tinham duas matrículas, o que atingiu mais de 500 servidores, gerou uma economia de R$ 50 mil mensais, provando a inversão de valores por parte do Executivo. “O número de CCs atingidos com certeza é bem menor do que os 500 servidores e, ficou comprovado, que a economia gerada com o pequeno número de CCs foi três vezes maior do que a medida tomada com o corte do vale-alimentação, terminando por atingir inclusive as famílias destes, como se já não bastassem os baixos salários”.

Para Duglas, percebe-se nos mais diversos setores e secretarias da Prefeitura que mesmo aqueles que depositaram confiança votando no prefeito, estão ressaltando descrédito nas ações políticas implementadas pelo Executivo.

“Como já havíamos publicado em matérias anteriores, o prefeito considera “despesa” qualquer investimento nos servidores. Parte da austeridade financeira implementada pelo governo municipal será à custa dos trabalhadores municipários. E, enxugar a máquina, as despesas, significa reduzir a folha de pagamento”.

“Na paralisação desta sexta-feira, além de debater a plataforma dos municipários, será um repúdio a todos estes cortes implementados pelo prefeito Eduardo”, finaliza Duglas Lima Bessa.