Reunidos em assembleia realizada na noite de segunda-feira, no auditório externo do Colégio Municipal Pelotense, os trabalhadores da Empresa do Terminal Rodoviário de Pelotas (ETERPEL) decidiram pela greve, paralisando suas atividades nesta sexta-feira, dia 21, em protesto contra o não atendimento de suas reivindicações salariais por parte da administração da Empresa.

A informação é do presidente do Sindicato dos Municipários, Duglas Lima Bessa, acrescentando que as negociações entre trabalhadores e ETERPEL não apontaram qualquer avanço nas pretensões de reajuste nos salários e no vale-alimentação.

Conforme se manifestaram os funcionários da ETERPEL, a proposta apresentada pela empresa não comporta as necessidades mínimas de reajuste. Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 16% e aumento de 18,33% no vale-alimentação, em contrapartida a direção da rodoviária oferece 7,5% de reajuste salarial e 8,33% no vale-alimentação.

Os trabalhadores do Terminal Rodoviário têm uma perda real de mais de 50% no salário base no período de 10 (dez) anos, quando o básico equivalia a 1,49 salários mínimos. Hoje esta comparação é de 0,89 do mínimo nacional, defasagem que irá aumentar ainda mais a perda com esta proposta de 7,5% de reajuste.

“Diante deste quadro e da falta de avanços os trabalhadores decidiram pela greve, paralisando na sexta-feira”, afirma Duglas. Segundo ele, será mantido um percentual mínimo para atendimento, nos termos do que determina a legislação, além de que o ato de greve não pode incorrer como cometimento de falta grave por parte dos trabalhadores. E mais. A entidade juntamente com eles ratifica a postura inicial de colocar-se à disposição ao diálogo para uma nova rodada de negociação a fim de tentar avançar na pauta.

O presidente do Simp informa ainda que os trabalhadores da ETERPEL comparecem na Câmara Municipal na quinta-feira pela manhã, a partir das 9h, para novamente se reunirem com os vereadores. “No último encontro no Legislativo, ficou claro por parte do Diretor Presidente do Terminal Rodoviário que existem recursos para ampliar o índice de reajuste e atender às reivindicações dos trabalhadores”, salienta Duglas. “Também será buscada através dos Vereadores, junto à direção da empresa, a garantia do termo denominado “composição de conflitos”, isto é, que seja oportunizada a possibilidade dos trabalhadores compensarem esse dia de greve não trabalhado”, finaliza Duglas.