O Sindicato dos Municipários recebeu denúncia de infestação de aranhas e escorpiões na Unidade Básica de Saúde do Monte Bonito, o que vem colocando em risco usuários e servidores daquele local. Conforme a denúncia, as aranhas que infestam o posto de saúde são das espécies Armadeira (nome científico “Phoneutria Nigriventer”) e Marrom (nome científico “Loxosceles SPP”), ambas oferecendo riscos aos seres humanos.

Os escorpiões encontrados no posto de saúde são da espécie Escorpião Preto (nome científico “Bothriurus Bonariensis”), igualmente perigoso.

Segundo informações obtidas pelo Simp, a presença de aranhas e escorpiões na UBS do Monte Bonito já havia sido devidamente comunicada à Secretaria Municipal de Saúde, inclusive com identificação das espécies, sem que qualquer medida fosse tomada para resolver a situação.

A aranha da espécie Armadeira possui alta toxicidade da peçonha e que em casos graves pode apresentar grandes alterações na pressão arterial, com taquicardia/bradicardia e sudorese profunda, podendo levar à morte.

Já a aranha Marrom, é menos agressiva e com o seu veneno sendo injetado no corpo humano pode ocorrer escurecimento da urina, febre, necrose do tecido atingido, falência renal e, em alguns casos, a morte em virtude da relação quantidade de veneno injetado X massa corporal do indivíduo picado.

Por fim, a picada do escorpião Preto, embora menos agressiva para adultos, é altamente perigosa às crianças, podendo inclusive levar à morte. Ainda conforme as denúncias, além das aranhas e escorpiões, já foi encontrada inclusive uma cobra da espécie Cruzeira no interior do posto, tendo de ser morta pelos próprios funcionários.

Diante da inércia da Secretaria de Saúde, o Simp já encaminhou ofício ao prefeito Eduardo Leite para que determine que seja dedetizada urgentemente a UBS do Monte Bonito, com o objetivo de proporcionar segurança não só para os usuários, mas também aos servidores.

“É inadmissível que num local destinado a preservar e assegurar a saúde das pessoas acabe colocando em risco a vida destas por uma ineficiência e falta de atenção do Poder Público, ao não preocupar-se com tamanha gravidade do problema”, finaliza Tiago Botelho, vice-presidente do Simp.