Os municipários realizaram ato de protesto contra o prefeito Eduardo Leite na abertura oficial da 22ª Fenadoce, como parte das atividades da greve da categoria que teve início na quinta-feira, às 12h30min. “Demonstramos nossa indignação com a intransigência do Governo, que não avança nas propostas de reajuste salarial e do valor do vale alimentação”, salienta a presidente do Sindicato dos Municipários, Tatiane Lopes Rodrigues. Conforme informações do Simp, cinqüenta por cento da categoria já aderiu ao movimento.

Conforme Tatiane, mesmo com alguns locais ainda abertos, o funcionamento é parcial, com o atendimento feito por servidores que ainda não aderiram à greve. “A partir desta sexta estamos percorrendo os locais de trabalho com um ônibus transportando servidores em greve para conversar e convocar os colegas que ainda estão trabalhando a também paralisarem suas atividades”, explica.

Tatiane condena a iniciativa do Governo, em adotar práticas intimidatórias e de ameaças aos servidores para impedir a adesão à greve. As ameaças vão desde o corte do ponto, perda de funções gratificadas até a exigência de trabalho das escolas durante o período de recesso escolar. “Estas ameaças confirmam o que já vem sendo denunciado por diversos servidores, que é a ocorrência do assédio moral por parte do Governo nos locais de trabalho”.

Segundo ela, o calendário de atividades definidas é o seguinte: sexta (06) e segunda-feira (09), visita aos locais de trabalho, com saída de ônibus da frente da sede do Simp, às 12 horas; terça-feira (10), panfletagem no calçadão da Rua Andrade Neves, esquina com Sete de Setembro, a partir das 14 horas; quarta-feira (11), concentração na Câmara de Vereadores a partir das 9 horas; quinta-feira (12), mobilização em frente à Prefeitura, com realização do “Sopão dos R$ 10,00 não dá”, a partir das 10 horas; na sexta-feira (13) assembleia geral da categoria, com primeira chamada às 14 horas e segunda chamada às 14h30min.

A presidente do Simp lembra que está comprovado que há espaço para melhorar a proposta do Governo e que o limite no percentual de gastos com o funcionalismo ainda não foi atingido. “O que ocorre é a intransigência do Executivo, que não melhora em nada os índices oferecidos”, critica.

“As ameaças e a intransigência motivam ainda mais os servidores a reagirem e  paralisarem suas atividades, aderindo à greve e às mobilizações previstas no calendário previsto”, finaliza Tatiane.