O Sindicato dos Municipários manifesta sua contrariedade com o projeto de reforma administrativa que será votado na Câmara de Vereadores. “Somos contra esta reforma, pois um Governo que não paga o piso do magistério, que não encaminha o cumprimento do piso dos Agentes Comunitários de Saúde e que mantém a maior parte de seus servidores com padrões salariais abaixo do mínimo nacional, não pode aumentar seus gastos”, critica a presidente do Simp, Tatiane Lopes Rodrigues.

O projeto de lei que prevê a reforma administrativa deverá estar sendo votado pela Câmara de Vereadores nesta terça-feira.

Entre os pontos que têm a contrariedade do Simp está o aumento em mais de R$ 200 mil na folha salarial, em prejuízo à totalidade da categoria. “Toda vez em que há negociação salarial o Sr. Prefeito alega falta de recursos, então não poderia estar aumentando os gastos desta forma”, ressalta Tatiane.

Embora o projeto tente destacar a redução dos cargos aptos ao provimento em comissão, cabe salientar que na reforma já realizada pela gestão anterior, em 2010, onde previu 525 cargos, na atual proposta a redução é apenas de 6, ou seja, passando para 519.

“O Simp também tem contrariedade com relação aos requisitos para o provimento dos cargos em comissão, ou seja, dos 519 apenas 4 exigem formação em nível superior e todos os demais têm como único requisito ter 18 anos de idade, sem qualquer tipo de formação, embora o Prefeito justifica que a reforma prioriza a qualificação técnica dos quadros”, comenta o vice-presidente do Sindicato, Tiago Botelho.

O vice-presidente do Sindicato dos Municipários lembra que, embora aprovado pelo Conselho de Política e de Remuneração de Pessoal, Coparp, o projeto teve o voto contrário da representação do Simp neste conselho.