Reunidos em assembleia geral na manhã de sexta-feira (13), lotando o auditório externo do Colégio Municipal Pelotense e com representantes dos mais diversos segmentos do funcionalismo, os municipários decidiram paralisar as atividades no turno da manhã da próxima quinta-feira (19) para comparecer na Câmara de Vereadores onde acontece audiência pública para tratar das cargas horárias dos servidores e do Decreto que trata da implantação do ponto biométrico, a partir das 10 horas.

Os municipários também decidiram divulgar uma nota pública esclarecendo a população quanto à posição da categoria a respeito destes temas através de canal de televisão, jornal, panfletos e outras mídias eletrônicas. A categoria definiu ainda ficar em estado de assembleia permanente.

“O grande número de presentes demonstrou a indignação da categoria com o total desrespeito do prefeito aos municipários, tratando-os como totalmente descartáveis, já que a alteração das atuais jornadas de trabalho certamente irá causar um grande número de demissões, prejudicando a própria comunidade”, critica o Vice-presidente do Simp, Tiago Botelho.

“O prefeito não leva em consideração a experiência e o trabalho desenvolvidos há muitos anos pelos servidores junto à comunidade, também não os valoriza quando mantém essa política salarial com grande parte da categoria recebendo abaixo do valor do salário mínimo nacional, e quando estes cumprem com suas atribuições mesmo sem quaisquer condições materiais fornecidas pela Prefeitura, muitas vezes utilizando materiais próprios, instrumentos e até mesmo computadores para o atendimento à população, isto o prefeito não vê”, complementa o Vice-presidente do Sindicato dos Municipários.

“Há locais em que os servidores disponibilizam seus próprios materiais pessoais, desde papel higiênico, canetas e itens de expediente para uso da comunidade, até cadeira, termômetro, aparelhos de medir pressão em Unidades Básicas de Saúde”.

Finalizando, Tiago Botelho diz que a categoria espera que a Câmara Municipal viabilize junto ao Executivo a retomada do diálogo sobre o Decreto, as formas de cumprimento das jornadas de trabalho, respeitando as especificidades e as rotinas de cada um dos segmentos dos municipários.