O Sindicato dos Municipários questiona a extinção do Grupo de Ações Rápidas (GAR) da Guarda Municipal, criado em abril deste ano e tendo o treinamento dos Guardas realizado em fevereiro. Embora negado pela Prefeitura, o Grupo está sem atuar já há alguns meses, inclusive sido retirada a identificação do veículo que era caracterizado e não mais utilizados os fardamentos especiais.

Os servidores que compunham o GAR foram treinados durante o mês de fevereiro por profissionais das mais variadas áreas, tendo a formação em temas envolvendo direitos humanos, segurança de crianças, mulheres e idosos, uso progressivo da força, inteligência policial e perícia, e foi criado para dar mais agilidade a comunidade quando esta solicitava via telefone 153, realizando inclusive mais de uma centena de prisões e ocorrências repassadas à Polícia Civil, além de milhares de atendimentos, abordagens, veículos recuperados e armas retiradas das ruas.

Sobre a extinção do GAR, a Prefeita Paula Mascarenhas não se manifesta, nem reconhecendo, nem a negando. Já o Secretário Municipal de Segurança Pública, Aldo Bruno, nega a extinção, mas diz que o trabalho segue normal, apenas sem o uso do fardamento especial, e que as informações de que o Grupo chegou ao fim são infundadas.

O Simp obteve conhecimento de que servidores não têm mais o referido fardamento especial, porque o Município não forneceu o aparato necessário, tendo situações destes comprarem às suas expensas e muitas vezes também pagando conserto até de algumas viaturas do próprio bolso, sendo que tudo isto seria de obrigação do Executivo.

“Por fim, ao passo em que a prefeita criou e investiu em um grupo de Guardas Municipais treinados especialmente para atender rapidamente aos chamados da comunidade, trabalho este que vinha sendo desenvolvido por estes servidores com eficiência e sendo reconhecidos, nos causa estranheza na prática ocorrer a extinção e ao mesmo tempo haver a negativa sobre isto”, questiona o vice-presidente do Simp, Tiago Botelho.

“Esta extinção nos parece proposital, por orientação da Comunitas, pois ao mesmo tempo, o Governo envia projeto de lei à Câmara sobre o novo código de convivência em Pelotas, e coloca os Guardas com a incumbência de serem os responsáveis pela fiscalização e aplicação das medidas repressoras contra a comunidade, automaticamente os retirando do GAR e de outras funções, ressaltando que conforme Estatuto Geral das Guardas Municipais, e Lei Municipal que criou o cargo, não há esta previsão”, finaliza Tiago.