O Sindicato dos Municipários encaminhou ofícios dirigidos à Prefeita Paula Mascarenhas e ao Secretário Municipal de Assistência Social, Luiz Eduardo Longaray, questionando os novos turnos de trabalho estabelecidos para os servidores lotados nas casas/abrigos.

Conforme informações repassadas ao pelo Simp, com a alteração das jornadas de trabalho dos servidores das casas/abrigos, estes passam a cumprir horários em turnos de 8 horas, turnos estes se iniciando ou finalizando inclusive no meio da madrugada, às 3 horas ou 4 horas, por exemplo.

Ou seja, com troca de turno dos servidores (final de um turno e início de outro) em horários noturnos, em unidades muitas vezes localizadas em bairros sem atendimento pelo transporte coletivo naquele horário e em áreas com sérios problemas de segurança.

O Sindicato questiona o Governo como pretende garantir o deslocamento e a segurança destes servidores, em especial no turno da noite (24h). Além disto, sendo o turno de 8 horas contínuas, como será garantido o intervalo para repouso e alimentação aos servidores? E como ficarão os turnos do final de semana, eis que a carga horária de 40 horas já estará cumprida de segundas a sextas-feiras? Será paga como hora extra? Neste novo formato não ocorrerá a redução do número de servidores por turno, acarretando a diminuição do número de profissionais?

Conforme a presidente do Simp, Tatiane Lopes Rodrigues, “é lamentável o desrespeito aos servidores que o Governo Paula apresenta, especialmente na Secretaria de Assistência Social, onde faltam as condições mínimas de trabalho, onde até mesmo o papel higiênico os servidores tem de levar para o local de trabalho”.

“Agora essa troca de horários que poderá deixar os trabalhadores em plena madrugada entrando e saindo dos locais de trabalho neste período, deixando claro o total descaso e desrespeito com estes”, critica.

Tatiane questiona como fica a segurança dos trabalhadores e a vida destas pessoas. “E nos finais de semana com a carga horária cumprida, o Governo vai exigir horas extras? A hora do intervalo na jornada de trabalho a que tem direito os trabalhadores, como fica?”

“Este Governo tem de nos respeitar e buscar formas de melhorar nossas condições de trabalho e não ficar tornando nossos dias de trabalho cada vez mais difíceis e complicados”, finaliza.

O Sindicato aguarda respostas e soluções com a maior brevidade possível por parte do Governo, devido às situações de risco a que estão expostos os servidores.