Durante a última quinta-feira (15/03), os municipários paralisaram suas atividades e marcaram através de ações de lutas em Pelotas, assim como em todo o país, o Dia Nacional de Paralisação contra a Reforma da Previdência.

Através de tendas montadas no calçadão (chafariz da Sete de Setembro com Andrade Neves), já pela manhã, diversos municipários se fizeram presentes, além de representações de vários outros sindicatos e associações que compõem a Frente em Defesa do Serviço do Serviço Público, das Conquistas Sociais e Trabalhistas, distribuindo panfletos explicativos, colhendo assinaturas para o abaixo- assinado contra a reforma da previdência a ser enviado ao Congresso, dialogando com a comunidade, tudo com a cobertura e transmissão ao vivo da RádioCom.

Já na tarde, houve grande número de pessoas querendo se informar acerca dos problemas que a reforma trará e, consequentemente, fazendo questão de participarem do abaixo-assinado. Após às 17h, a concentração se deu no Largo Edmar Fetter (Mercado Público) para grande ato de encerramento, onde milhares de pessoas saíram em marcha pelas ruas de Pelotas para protestarem contra a reforma da previdência, mais precisamente contornando a Praça Cel. Pedro Osório e tendo seu fim no cruzamento do calçadão com a Rua Mal. Floriano.

Através do carro-som, foram feitas diversas intervenções de representantes de sindicatos, associações, partidos, da sociedade civil, no sentido de chamarem a atenção da população para a necessidade de luta, participação de todas as atividades, a fim de que não se percam os direitos duramente conquistados ao longo das décadas.

Para a presidente do Simp, Tatiane Lopes Rodrigues, a avaliação deste dia de lutas contra a reforma da previdência foi bastante positiva e expressiva, haja vista a grande participação dos municipários, mesmo estes recebendo mensagens ou ligações avisando-os que teriam o ponto cortado e desconto salarial caso aderissem à paralisação. Ressalta ainda que por isso o Simp convoca a categoria mais a população para todas as lutas que virão contra a reforma da previdência, através da presença nas mobilizações, paralisações nacionais e locais, atos de protesto, greves, enfim, com o objetivo de mantermos os nossos direitos.

Reunidos em assembleia bastante representativa na manhã desta terça-feira, os professores e funcionários da educação do Município definiram por paralisar suas atividades por três dias, nesta quarta, quinta e sexta-feira. Nesta quarta, dia 15, a paralisação é nacional e para todos os servidores (além da educação), aderindo às paralisações nacionais convocadas pelas Centrais Sindicais contra a reforma da previdência.

A assembleia desta terça foi dirigida exclusivamente aos professores e funcionários da educação, tendo em vista a necessidade de avaliar o movimento de greve nacional convocada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação) a partir deste dia 15 e por tempo indeterminado.

Nos três dias de paralisação da educação, o primeiro (quarta) terá atividades em conjunto com os demais trabalhadores, aderindo à paralisação nacional para todos. Na quinta e sexta a direção do Simp, juntamente com uma comissão de trabalhadores da educação, estarão visitando alguns locais do Município, fazendo esclarecimentos sobre os malefícios da reforma da previdência na vida das pessoas e sobre a importância de se organizarem para combater esta retirada de direitos.

Para quarta-feira (15) o Simp, que faz parte da Frente em Defesa do Serviço Público, das Conquistas Sociais e Trabalhistas, estará realizando as seguintes atividades: a partir das 10h haverá uma tenda montada no calçadão (chafariz da Sete de Setembro com Andrade Neves) contendo material ilustrativo alertando a população dos graves perigos da proposta da reforma previdenciária, com panfletagem do material; no turno da tarde, além de manter-se a tenda, haverá a partir das 17 horas concentração no Largo Edmar Fetter (Mercado Público) para grande ato de encerramento.

“É importante a participação de todos nos protestos deste momento histórico em que há uma tentativa de destruição de nossos direitos”, afirma a presidente do Sindicato dos Municipários, Tatiane Lopes Rodrigues.