“Fizemos um debate que esclareceu a categoria sobre os direitos previdenciários e constitucionais que estão sendo atacados tanto pela reforma quanto pela Proposta de Emenda Constitucional 241”. A afirmativa é da presidente do Sindicato dos Municipários, Tatiane Lopes Rodrigues, ao comentar a assembleia realizada na tarde de quinta-feira, promovida pelo Simp, no auditório externo do Colégio Pelotense, tendo por pautas a Reforma Previdenciária e a PEC 241, que estabelece teto para os gastos públicos.

Como palestrantes, a assembleia teve a presença de Claudio Augustin, Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul (SINDSEPE RS); e de Giovanni Frizzo, Diretor da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pelotas (ADUFPel).

Conforme Tatiane, “foi importante o debate, pois esclareceu que não podemos aceitar que estamos sendo golpeados a cada dia e não somente os servidores públicos, mas todo o povo, eis que quando se altera a constituição e se congela recursos públicos por vinte anos, toda a população é atingida”.

“Como encaminhamento houve o entendimento de que somente com a luta organizada do conjunto dos trabalhadores será possível impedir estes retrocessos sociais”, afirma a presidente do Simp, acrescentando que “foi aprovado que o Sindicato dos Municipários construirá junto aos movimentos sociais a Frente em Defesa do Serviço Público, das Conquistas Sociais e Trabalhistas”.

Além desta decisão, segundo Tatiane Lopes Rodrigues, mais uma vez os municipários mostraram sua capacidade de organização e luta e também aprovaram a participação em todas as paralisações nacionais e a construção da Greve Geral.

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“Não vamos aceitar a entrega das conquistas sociais sem resistir, por isso aprovamos a unidade de luta dos trabalhadores através da frente e a participação ativa em todos os movimentos e lutas”, finaliza.

Conforme deliberado na assembleia realizada em 10 de junho, os trabalhadores municipais da educação estarão aderindo à paralisação nacional convocada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) que acontece nesta quarta-feira, dia 05.

A paralisação nacional será contra as medidas de desmonte do estado brasileiro e da educação pública, acontecendo nos Estados e com ato no Congresso Nacional, em Brasília, sendo a concentração no espaço do servidor público, localizado ao lado do Ministério do Planejamento.

O protesto é especialmente contra a PEC 241 (congelamento em investimento público), o PL 4.567 (privatização do pré-sal) e a Medida Provisória 746 (reforma do ensino médio).

Em Pelotas, a paralisação dos trabalhadores em educação (professores e funcionários) será todo o dia, nos três turnos, sendo que a atividade convocada pelo Sindicato dos Municipários se dará um dia após, na quinta, dia 6, com convocação de assembleia geral da categoria.

Na assembleia, além da PEC 241, também será abordada a Reforma da Previdência, ambos assuntos de proposta do Governo Federal e que vêm a prejudicar e atingir todos os trabalhadores, inclusive servidores públicos, tanto de Regime Geral (celetistas, INSS) bem como os de Regime Próprio (estatutários, PREVPEL).

O encontro contará com a presença de dois palestrantes:
CLAUDIO AUGUSTIN – Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul (SINDSEPE RS); Membro da Frente Sindical em Defesa do Serviço Público; Analista de Planejamento e Sociólogo; e GIOVANNI FRIZZO – Diretor da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pelotas (ADUFPel); Diretor do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES) e Professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

A primeira chamada será a partir das 14h10 e a segunda às 14h40, tendo por local o auditório externo do Colégio Municipal Pelotense.