Todos os oito candidatos a prefeito de Pelotas compareceram no debate promovido pelo Sindicato dos Municipários na tarde de quarta-feira, realizado no auditório externo do Colégio Municipal Pelotense e com a mediação do jornalista Artur Rocha. Inicialmente previsto para ter quatro blocos, sendo apresentação, perguntas direcionadas aos candidatos, perguntas entre eles e conclusão, o terceiro bloco foi suprimido por acordo entre todos, devido ao adiantado da hora.

“Como são muitos os candidatos, o debate estava se estendendo muito e, se mantida a formatação inicial, certamente iria até a noite”, explica a presidente do Simp, Tatiane Lopes Rodrigues.

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Para Tatiane, o evento teve pleno sucesso, possibilitando aos mais de mil servidores presentes, que lotaram o auditório do Pelotense, ouvirem as propostas e o que pensam os candidatos a prefeito sobre as diversas pautas da categoria.

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“O debate dos municipários foi uma construção do Simp, de fundamental importância para o conjunto dos servidores, pois é o único momento em que a pauta das candidaturas, através de perguntas previamente elaboradas e com base no documento intitulado Plataforma dos Municipários (reunião das demandas dos servidores desde 2012 até o momento), se volta exclusivamente aos temas de nós servidores públicos municipais”, salienta Tatiane Lopes Rodrigues.

As seis perguntas apresentadas aos oito candidatos abordaram temas como implementação de plano de carreira do quadro geral de servidores; manutenção do atual plano de carreira do magistério com o pagamento do piso salarial nacional;  pagamento do piso dos Agentes Comunitários de Saúde; ponto biométrico e retomada das antigas jornadas de trabalho cumpridas pelos servidores; regulamentações em lei de vários adicionais para o conjunto do funcionalismo; ampliações dos pagamentos dos RPVs e precatórios; realização de concursos públicos primando pelas não contratações emergenciais, preservando as atuais autarquias e empresas públicas, sem criar Parcerias Público Privadas ou privatizá-las; e reajuste do valor do vale-alimentação com base nas necessidades dos trabalhadores, além da extensão para aposentados e detentores de duas matrículas.

A exigência da apresentação do último contracheque previamente carimbado, garantiu a segurança e a oportunização do acesso somente por servidores do quadro efetivo, minimizando a possibilidade de CCs, contratos administrativos e terceirizados participarem de um evento que não é voltado a estes e que sequer os atinge as pautas discutidas.

Em se confirmando o segundo turno das eleições, o debate do Simp está previamente agendado para o dia 20 de outubro também para o auditório externo do Colégio Pelotense. “Esperamos no segundo turno o mesmo compromisso de comparecimento dos candidatos, como ocorreu no debate realizado na tarde de quarta-feira”, enfatiza a presidente do Sindicato dos Municipários.

Ocorrendo o segundo turno e o debate correspondente, permanecerão válidos os contracheques impressos de agosto já carimbados e utilizados pelos servidores para ingressar no evento de ontem. Para aqueles que não haviam ainda carimbado seus contracheques, da mesma forma basta imprimir o referente a agosto e carimbá-lo desde já, tanto no Simp, como na SGAF.

“O Sindicato dos Municipários tem recebido várias denúncias de servidores da educação nas quais os créditos de vales-transporte depositados não comportam as necessidades diárias e legais dos trabalhadores”.

A informação é da presidente do Simp, Tatiane Lopes Rodrigues, acrescentando que “é vergonhoso que este Governo mais uma vez desrespeite os trabalhadores da educação, não garantido seus créditos mínimos de vale-transporte para se deslocarem aos locais de trabalho.”

Conforme Tatiane, o Simp enviou correspondência ao Governo no último dia oito pedindo acesso a uma portaria que, conforme informações, traria alguns esclarecimentos sobre os créditos dos vales-transporte.

“Lamentamos que um Governo que se diz acessível não torna seus documentos públicos, mesmo sendo portarias, e não garanta o acesso pleno a estes conteúdos ao Simp”, critica.

“Vivemos uma realidade de trabalhadores com salários baixíssimos que não possuem condições de arcar com seu transporte e que, conforme a Lei, deve ser garantido através dos créditos do vale-transporte”, salienta Tatiane. “Caso não ocorra o depósito pleno dos créditos e o esclarecimento necessário por parte do Governo, o Simp buscará junto à assessoria jurídica formas de evitar ainda mais este prejuízo aos já tão sofridos servidores municipais”, finaliza.