USO DE LUVAS NAS EMEI’S: SIMP CRITICA SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO
02/10/15
O Sindicato dos Municipários criticou a resposta recebida por parte da secretária de Educação e Desporto, Lucia Müller dos Santos, a respeito de requerimento apresentado pelo Simp para o fornecimento de luvas descartáveis e adequadas para o manuseio com as crianças das Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEI’s).
As luvas que estão sendo fornecidas pela SMED não são indicadas para o uso com as crianças e sim para utilização nas áreas “gastronômica, estética e industrial”, conforme consta da própria embalagem, sendo estas de péssima qualidade, material plástico, e não de látex, como deveria ser, a exemplo de luvas para procedimentos médicos.
“Estas luvas atualmente fornecidas pela Secretaria são as mesmas utilizadas em salões de beleza para pintura de cabelo, não ficam firmes e fixas aos punhos e dedos, dificultando o trabalho exercido pelos professores e auxiliares de educação infantil”, critica o vice-presidente do Simp, Tiago Botelho.
Diante de tais informações, o Simp questionou quais os critérios utilizados pela SMED para a aquisição deste tipo de produto e qual o prazo para o fornecimento das luvas adequadas ao manuseio com as crianças.
Na resposta da Secretaria, entre outros aspectos, foi dito que as luvas são fornecidas principalmente para a troca de fraldas e limpeza de ferimentos leves; que na avaliação da secretária não é imprescindível o uso de luvas para a troca de fraldas, e que sim alguns educadores preferem usá-las pelo desconforto que sentem ao entrar em contato com os dejetos das crianças; a secretária reitera, em sua resposta, a não necessidade de luvas, mas sim a necessidade de manter as mãos lavadas, pois as luvas devem ser usadas como coadjuvantes; que a quantidade de luvas descartáveis utilizadas nas EMEI’s é muito grande, e a disparidade no valor entre os dois tipos de luvas também.
Em seu documento, a secretária entende que a economia feita será de extrema importância, podendo a verba ser utilizada para adquirir outros produtos para utilização nas EMEI’s.
O Simp entende que as luvas adequadas para o manuseio com as crianças são altamente relevantes, primeiro por questões de higiene, segurança e prevenção de possíveis infecções por bactérias que possam ser transmitidas, e não por um simples “desconforto” com os dejetos das crianças.
Além disso, se fosse somente sempre lavar as mãos o único método para isto, enfermeiros, médicos e outros profissionais da saúde, também não utilizariam luvas desde as situações mais simples até as mais graves.
“Para o Simp fica evidenciado que o propósito real da Prefeitura foi de economizar na aquisição do produto e ainda por cima comprando um que sequer é indicado para o manuseio com as crianças, e mesmo com tal economia, dificilmente isto se reverte em melhorias distintas daquelas que já se tem nas EMEIS”, finaliza o vice-presidente do Sindicato, Tiago Botelho.
SIMP: PREFEITURA ALTERA CÁLCULO DE HORAS EXTRAS E PREJUDICA SERVIDORES
01/10/15
Mais uma vez os servidores municipais foram surpreendidos ao verificarem os valores pagos nos contracheques de setembro que demonstram as parcelas de seus vencimentos. Desta vez a surpresa foi com relação às horas extras, que foram cumpridas, trabalhadas, mas pagas em valores inferiores.
O Sindicato dos Municipários já enviou documento ao secretário de Gestão Administrativa e Financeira, José Cruz, requerendo informação quanto à alteração imposta pela Prefeitura e que resultou no pagamento de valores inferiores àqueles esperados pelos servidores.
“Já não é a primeira vez neste Governo que os servidores são surpreendidos ao final do mês, com cortes em seus vencimentos, recebendo valores inferiores do que esperam”, critica a presidente do Simp, Tatiane Lopes Rodrigues, salientando que os servidores têm compromissos e contas a pagar e receberam com indignação e surpresa os valores da remuneração paga.
“Os servidores fazem horas extras para atender às necessidades da Administração e da população de Pelotas e têm o direito de receber os valores correspondentes. As horas extras foram trabalhadas baseadas numa forma de cálculo e, no momento do pagamento, a Prefeitura alterou esta forma sem qualquer comunicação prévia aos servidores, o que está gerando revolta entre estes”, critica mais uma vez a presidente do Simp.