CEM DIAS DE GOVERNO: AVANÇOS EM RETROCESSO
10/04/13
“Ao contrário do que foi divulgado pelo prefeito Eduardo Leite, os municipários ainda não viram os avanços de que se orgulha e a valorização dos servidores que propagandeia”, critica o presidente do Sindicato dos Municipários, Duglas Lima Bessa, contestando a avaliação do atual Governo Municipal pelo prefeito a respeito dos primeiros cem dias desta gestão.
“Nestes primeiros cem dias os municipários só sentiram cortes em seus direitos: o vale alimentação passou a ser pago por CPF e não mais por matrícula, como ocorria desde a conquista desta vantagem, as horas extras cumpridas não estão sendo pagas para todos e, quando o pagamento ocorre, não é em sua integralidade, os cortes no pagamento do incentivo e do difícil acesso”, elenca.
“Os municipários também enfrentam dificuldades para utilização do cartão magnético do vale-transporte, que vem causando constrangimento aos servidores, o repetido atraso no pagamento dos salários por meio do Banco Santander, o desvio de função e exposição dos Agentes Comunitários de Saúde a situações de risco e intoxicação, problemas de relação com as chefias da guarda municipal e tantos outros. Portanto, o prefeito deve mudar radicalmente sua postura se quiser ressaltar a valorização dos servidores”, salienta Duglas.
De acordo com o dirigente do Simp, fazendo-se uma relação entre o valor divulgado pelo prefeito de que 20% da redução dos Cargos de Confiança (CCs) geram uma economia anual de R$ 2 milhões, logo, R$ 167 mil mensais, então, quando a Prefeitura cortou o vale-alimentação dos servidores que tinham duas matrículas, o que atingiu mais de 500 servidores, gerou uma economia de R$ 50 mil mensais, provando a inversão de valores por parte do Executivo. “O número de CCs atingidos com certeza é bem menor do que os 500 servidores e, ficou comprovado, que a economia gerada com o pequeno número de CCs foi três vezes maior do que a medida tomada com o corte do vale-alimentação, terminando por atingir inclusive as famílias destes, como se já não bastassem os baixos salários”.
Para Duglas, percebe-se nos mais diversos setores e secretarias da Prefeitura que mesmo aqueles que depositaram confiança votando no prefeito, estão ressaltando descrédito nas ações políticas implementadas pelo Executivo.
“Como já havíamos publicado em matérias anteriores, o prefeito considera “despesa” qualquer investimento nos servidores. Parte da austeridade financeira implementada pelo governo municipal será à custa dos trabalhadores municipários. E, enxugar a máquina, as despesas, significa reduzir a folha de pagamento”.
“Na paralisação desta sexta-feira, além de debater a plataforma dos municipários, será um repúdio a todos estes cortes implementados pelo prefeito Eduardo”, finaliza Duglas Lima Bessa.
MUNICIPÁRIOS PARALISAM E VÃO À CÂMARA NA SEXTA-FEIRA
09/04/13
Conforme aprovado na assembleia geral da categoria realizada no último dia 04, os municipários paralisam suas atividades nesta sexta-feira, dia 12, nos três turnos, comparecendo à Câmara de Vereadores, a partir das 9h30min, para acompanhar a Audiência Pública em que serão abordados os itens incluídos no documento denominado “Plataforma dos Municipários”.
Na “Plataforma dos Municipários” constam as reivindicações colhidas nas diversas assembleias, plenárias e reuniões setoriais realizadas pelo Simp especificamente com este fim, antes das eleições municipais de 2012, e entregues para conhecimento das coligações que disputavam o pleito.
Segundo a vice-presidente do Simp, Tatiane Lopes Rodrigues, “a audiência pública tem o papel de aproximar e esclarecer o legislativo e a comunidade da Plataforma dos Municipários que foi apresentada ao então candidato Eduardo Leite e reafirmada na agenda de janeiro com o senhor prefeito”.
“Queremos o apoio da comunidade e do Legislativo Municipal para pressionar o Executivo a fim de encaminhar os temas constantes da Plataforma, entre estes a regulamentação do adicional de risco de vida, insalubridade, risco de vida, triênios, CIPAs, incentivo aos Agentes Comunitários de Saúde, entre outros”, salienta Tatiane.
MUNICIPÁRIOS: PREFEITURA NOVAMENTE ATRASA SALÁRIOS
08/04/13
Mais uma vez se repetiram os problemas no pagamento dos servidores municipais pelo Banco Santander. Desta vez, mais de cem servidores não receberam seus salários na data anunciada pela Prefeitura, na sexta-feira, dia 05, não sendo verdadeira a informação da Administração Municipal, segundo seu site oficial, de que seriam apenas 60 os funcionários prejudicados.
“Todos os agentes de trânsito, alguns professores, trabalhadores da educação e aposentados não receberam seus vencimentos e mesmo com a informação da Prefeitura de que a Coinpel estaria se esforçando para o pagamento ocorrer ainda na sexta-feira, aqueles que têm portabilidade bancária nem sequer neste dia receberam, aguardando esta possibilidade ainda nesta segunda”, critica Tiago Botelho, diretor do Sindicato dos Municipários de Pelotas.
“Para relembrar, em janeiro houve o atraso no pagamento para todo o conjunto da categoria dos municipários, ou seja, os salários referentes a dezembro foram pagos após o quinto dia útil; no mês de fevereiro o pagamento foi normal; em março alguns servidores também não conseguiram receber até o quinto dia útil e agora neste mês de abril estes problemas se repetiram, deixando alguns municipários sem salário”, salienta Tiago.
“Isto é um absurdo, pois estes servidores têm de arcar com os prejuízos causados pelo fato da Prefeitura não honrar com o pagamento na data anunciada, gerando sempre incerteza e insegurança a estes, pois o atraso tem se tornado uma prática comum nesta gestão, além de provar que desde que o Santander assumiu a folha de pagamento, somente vem ocorrendo prejuízo aos municipários nos seus serviços prestados, sem que o Executivo adote qualquer medida enérgica ou corretiva a fim de sanar definitivamente estes transtornos”, critica mais uma vez o diretor do Simp.
“Não bastassem os cortes nos vencimentos dos servidores que este Governo vem fazendo, a exemplo do vale-alimentação por matrícula, horas extras realizadas e não pagas, não pagamento do incentivo à titulação e difícil acesso, problemas com a utilização do cartão magnético do vale-transporte, dentre outros, além dos baixos salários, que já não são suficientes para seu sustento, o Executivo vai de encontro à política de melhor prestação de serviços à comunidade, penalizando justamente aqueles que movem a máquina pública, que são os servidores”, finaliza Tiago Botelho.