Os municipários de Pelotas fazem nova assembleia nesta quinta-feira (19), desta vez na Praça Coronel Pedro Osório, a partir das 14h30min, para avaliar e definir os encaminhamentos da campanha salarial deste ano. Diante da ausência de respostas por parte da Prefeitura às reivindicações da categoria o indicativo de greve já foi aprovado na assembléia da última sexta-feira.

A paralisação realizada pelos municipários na terça-feira teve adesão da imensa maioria do funcionalismo, fechando escolas, postos de saúde, secretarias e setores da Prefeitura em protesto contra a falta de propostas da Administração Municipal para atender a pauta dos servidores, apresentada ao Executivo em 28 de abril.

“Nossa avaliação tanto da paralisação quanto dos atos realizados pela manhã na Câmara de Vereadores e a tarde no chafariz do calçadão é extremamente positiva e mostra a indignação dos municipários frente ao total descaso do Executivo, que, passados vinte dias ainda não apresentou respostas à nossa pauta de reivindicações”, aponta Duglas Lima Bessa, presidente do Simp.

O presidente do Simp destaca a aprovação, pelos vereadores, do trancamento da pauta de votações na Câmara de todos os projetos de lei enviados pelo Executivo, até que a negociação salarial chegue ao seu final.

Sobre a assembleia em praça pública, Duglas ressalta a importância deste tipo de iniciativa para chamar a atenção da população e da Administração Municipal para a situação vivida pelos municipários, para o total descaso por parte do Executivo para com a pauta apresentada pela categoria e a urgência no atendimento das reivindicações dos servidores, que atualmente têm um dos pisos salariais mais baixos de todo o Estado.

O presidente do Simp lembra que, a exemplo da primeira assembleia deste ano, que também foi realizada na Praça Coronel Pedro Osório, nesta quinta-feira o Sindicato irá disponibilizar toda a estrutura para que os servidores participem do ato, com a colocação de cadeiras e sistema de som no local.

Reiterando suas manifestações anteriores, Duglas diz entender como injustificável a demora do Executivo em responder aos pleitos dos servidores, “pois não há nenhum fato novo que imponha necessidade de “estudos de impacto financeiro”, como vem alegando o Governo Municipal e nem mesmo o julgamento do STF quanto a constitucionalidade da Lei do Piso Salarial da Educação pode servir de subterfúgio para a ausência de propostas por parte do Governo”.

“Somente podemos entender a ausência de respostas como total descaso administrativo, falta de planejamento e de projeção financeira por parte do Governo Municipal, lembrando que a imensa maioria dos Municípios de nossa Região já negociaram e definiram as pautas de reivindicações com seus servidores”, finaliza.

Em caso de chuva, assembleia será realizada no Pelotense.