A respeito das agressões sofridas pela diretora da Escola Municipal de Educação Infantil Vinicius de Moraes, a direção do Sindicato dos Municipários criticou as declarações à imprensa dadas pelo Secretário de Educação, Gilberto Garcias, que disse que “Este é um motivo muito sério para a gente fechar os olhos“.

O Simp já havia encaminhado documento ao Secretário de Educação em 6 de setembro deste ano, informando das denúncias de ameaças tanto verbais quanto físicas por parte de integrantes da comunidade local contra servidores e professores da Escola Vinicius de Moraes, onde já havia sido requerida imediata solução para o problema.

Nenhuma providência foi tomada para garantir a segurança dos trabalhadores, terminando por resultar na grave agressão à diretora da escola ocorrida na quarta-feira.

Para a direção do Simp, o secretário de Educação “fechou os olhos” sim, pois já tinha conhecimento da gravidade da situação por meio do documento encaminhado há mais de dois meses pelo Sindicato, sem providenciar alguma ação para coibir a agressão ocorrida e que poderia ter sido evitada.

Além da comunicação ao Secretário Gilberto Garcias, o Sindicato dos Municipários também encaminhou documento de denúncia ao Ministério Público Estadual, datado de 11 de setembro, informando que a Prefeitura já estava ciente das ameaças e que até aquele momento não tinha atuado para evitar incidentes. O documento foi encaminhado à Promotoria da Infância e da Juventude, solicitando de igual forma providências que não foram tomadas.

“Esta não é uma prática que ocorre somente nas escolas, mas que também acontece em outros setores, a exemplo da Secretaria de Justiça Social e Segurança e Setor de Trânsito, o que culminou com agressões por parte de integrantes da comunidade a servidores municipais, situações já denunciadas tanto ao Executivo como ao Ministério Público Estadual e do Trabalho”, salienta o diretor do Simp, Tiago Botelho.

“Está cada vez mais difícil ser servidor público municipal em Pelotas, pois além dos baixos salários e péssimas condições de trabalho, também não temos a segurança necessária para poder prestar um bom serviço à comunidade, eis que a Prefeitura não assegura sequer a assistência jurídica para respaldar o servidor quando este é agredido, mesmo que naquele momento esteja representando o poder público”, finaliza Tiago.