A direção do Sindicato dos Municipários (SIMP), juntamente com um grupo representativo dos Educadores Sociais, participou de Audiência Pública na Câmara de Vereadores, por iniciativa da vereadora Fernanda Miranda (PSOL), para abordar os inúmeros problemas que afligem esta categoria de trabalhadores municipais.

O Sindicato entende que os servidores da Secretaria Municipal de Assistência Social estão entre os mais vulneráveis, pois trabalham nas piores condições. Contudo, estes trabalhadores executam suas atividades de maneira exemplar.

Não bastassem as péssimas condições de trabalho disponibilizadas pela Prefeitura, os servidores convivem rotineiramente com remanejos e trocas de turno. Atualmente, a mais nova invenção do Secretário Luiz Eduardo Longaray, foi tentar acabar com as jornadas de 12/36 horas, executadas pelos servidores do turno da noite.

Essa proposta beira o absurdo, pois além de desorganizar toda a dinâmica laboral executada há mais de quinze anos, coloca em risco a saúde e a segurança dos trabalhadores que, conforme escala proposta, iriam sair dos seus locais de trabalho ora às 22h30, ora às 3h da madrugada. Tudo isto sem nenhum tipo de transporte disponibilizado pela Prefeitura para deslocamento dos trabalhadores, que em sua maioria são mulheres.

Ficou demonstrado que a execução destas jornadas acarretaria prejuízos não só para os servidores, como também para os usuários e para os serviços. Aparentemente, o Governo Municipal, ao invés de tentar buscar formas de melhorar a vida dos trabalhadores, faz o inverso.

Criar grupos de apoio que ocasionalmente fizesse a substituição dos servidores que eventualmente faltassem pelos mais diversos motivos: férias, licenças saúde, repousos remunerados etc, seria uma alternativa viável, e não a simples troca de horários que cobre um lado e descobre o outro.

Ficou definido que não haja nenhuma alteração das jornadas de trabalho sem uma ampla discussão com os representantes dos trabalhadores. Ficou definida também a construção de uma ampla audiência pública com diversos órgãos, entre eles o Ministério Público, Conselho Tutelar, Conselho do Idoso e o Sindicato dos Municipários, buscando soluções para esse essencial serviço.

O Sindicato dos Municipários espera uma ampla participação dos demais órgãos neste debate, por serem eles importantes integrantes do controle social, visto que há um grande número de relatos por parte dos trabalhadores de situações de risco para os abrigados.