Indignados e revoltados com a ausência de propostas por parte do Governo Municipal às reivindicações da categoria relativas à data base deste ano, os municipários, reunidos em assembleia geral realizada na manhã desta segunda-feira, no Auditório externo do Colégio Pelotense, decidiram paralisar as atividades nesta terça pela manhã e comparecer na Câmara de Vereadores, a partir das 9 horas.

O objetivo é o de denunciar o descaso do Executivo e buscar junto aos vereadores que a Câmara intermedie uma reunião entre Governo e Simp, ainda para amanhã à tarde, para que seja exigida uma proposta efetiva a fim de ser avaliada em assembleia.

Diversos servidores se manifestaram na assembleia, sendo enfáticas e incisivas as críticas ao Governo, que pela primeira vez, talvez em décadas, deixa passar o mês de maio, que é a data base dos municipários, sem apresentar qualquer proposta de reajuste.

O Simp protocolou junto ao Executivo a pauta de reivindicações deste ano no dia 02 de maio, primeiro dia útil do mês, logo após o feriado do Dia do Trabalhador, reivindicações estas aprovadas na assembleia do dia 30 de abril.

“Tiveram quase trinta dias para nos apresentarem um rol de lamentações, sem qualquer índice de reajuste, seja nos salários, seja no vale-alimentação ou nas demais reivindicações apresentadas”, critica Tatiane Lopes Rodrigues, presidente do Simp, salientando ainda não lembrar de outra Administração do Município que tenha agido desta forma, “tamanho descaso para com os servidores”.

“Se a prefeita concordou com as limitações orçamentárias causadas pela Emenda Constitucional 95 (em 2016), que limita por 20 anos os gastos públicos, atingindo saúde e educação, e tendo apoiado as propostas do presidente Bolsonaro, para quem abriu publicamente seu voto nas eleições presidenciais, também é responsável pela situação conjuntural enfrentada”, critica mais uma vez Tatiane.

Na assembleia também foi convocada a participação dos municipários na greve geral do próximo dia 14, contra os cortes nos investimentos públicos e contra a reforma da previdência.