MUNICIPÁRIOS: GREVE GERAL FOI EXITOSA
30/04/17
A exemplo do que ocorreu em todo o país neste dia 28, sexta-feira, em Pelotas foi exitosa a greve geral na luta contra as reformas previdenciária, trabalhista e terceirização. Com o comércio fechado, além de bancos, fábricas, universidades, serviços públicos (escolas, unidades básicas de saúde) e sem transporte coletivo, a adesão ao movimento foi muito grande.
Desde a madrugada, municipários e integrantes dos movimentos sociais e sindicais já atuavam, perdurando pela manhã e tarde no chafariz do calçadão, culminando no início da noite junto ao Largo do Mercado Público, onde milhares de pessoas se reuniram e saíram em marcha pelas ruas centrais.
Conforme a presidente do Simp, Tatiane Lopes Rodrigues, “Cidades que nunca participaram ativamente tiveram segmentos em greve neste dia 28, ou seja, em todo o país foram milhões de pessoas que paralisaram, esta foi a maior greve geral das duas últimas décadas, um grande começo da luta unificada contra as reformas e em favor da população”, afirma.
“O Simp entende que somente com a luta e forte mobilização, através de ampla participação da categoria, é que poderemos resistir e impedir a retirada de nossos direitos, por isso a necessidade de que não sejam aprovadas as reformas previdenciária e trabalhista, além da terceirização”, salienta o vice-presidente do Simp, Tiago Botelho.
MUNICIPÁRIOS: 28/04, AMANHÃ, DIA DE PARAR O BRASIL
27/04/17
Seguem as informações sobre as atividades da paralisação nacional (Greve Geral Nacional) desta sexta-feira (28) em Pelotas, na luta contra as propostas das reformas previdenciária e trabalhista, além da terceirização aprovada na Câmara dos Deputados.
- Não haverá transporte coletivo desde a madrugada desta sexta, se estendo pelos turnos da manhã e tarde;
- Às 08h30 concentração no calçadão, esquina democrática (chafariz da Andrade Neves com Sete de Setembro), onde haverá várias atividades durante todo o dia (manhã e tarde);
- Às 17h concentração no Largo Edmar Fetter (Mercado Público), e posteriormente grande marcha pelas ruas centrais.
OBS: não havendo transporte público, como é obrigação da Prefeitura disponibilizar os meios de acesso aos servidores casa-trabalho e trabalho-casa, para aqueles que dependem e se utilizam de ônibus, legalmente não podem ser descontados pelo simples argumento de não terem comparecido ao local de trabalho e paralisarem, haja vista que ficaram impedidos de se locomoverem, sem a Prefeitura ter garantido ou fornecido o transporte para tal.
PREFEITURA AMEAÇA SERVIDORES E TENTA IMPEDÍ-LOS DE LUTAR CONTRA O CORTE DE SEUS DIREITOS
26/04/17
O Sindicato dos Municipários vem recebendo diversas ligações desde a última terça-feira, 25/04, referentes aos descontos das paralisações dos dias 15, 16 e 17 de março, sendo estes de forma arbitrária e vários de modo equivocado, que constam nos contracheques dos servidores do pagamento que será realizado nesta sexta-feira, dia 28.
Foram identificadas situações como, por exemplo, casos de colegas que paralisaram e não tiveram qualquer desconto; outros que não paralisaram e tiveram desconto; outros ainda que nos determinados dias, em alguns destes estavam de folga e mesmo assim tiveram o desconto; e alguns com quatro dias de desconto, incluindo o repouso remunerado. Cabe lembrar que mais especificamente os trabalhadores da educação receberam memorando, na época destas atividades, por parte do Secretário de Educação, Artur Correa, o qual afirmava que dia 15 de março reconhecia o direito da adesão dos trabalhadores e que não ocorreria o desconto, porém nos dias 16 e 17 sim, já a prefeita Paula Mascarenhas havia se manifestado na imprensa de que qualquer dia não trabalhado seria descontado.
Agora, também desde esta terça-feira, já começou a chegar aos locais de trabalho um novo memorando assinado pela Chefe de Gabinete da Prefeita, primeiro informando que a Administração Municipal assegura o direito de greve aos servidores, mas que não analisa o mérito das paralisações, logo, determina que aqueles que aderirem à paralisação geral deste dia 28 deverão ter o corte do ponto e o respectivo desconto nos seus salários.
O mesmo memorando determina que as chefias dos setores encaminhem informações quanto à efetividade para a Secretaria de Gestão Administrativa e Financeira, com cópia para o Gabinete da Prefeita.
“Não adianta o Governo tentar vender a ideia de que reconhece o direito à greve e que não analisa o mérito das paralisações, pois quando determina corte do ponto com desconto salarial, trata-se de uma posição contrária a todos e todas que serão atingidos pelas reformas da previdência e trabalhista, ou seja, o conjunto do povo brasileiro e em especial o pelotense, que grande parte depositou suas esperanças na então candidata”, critica a presidente do Simp, Tatiane Lopes Rodrigues.
“O Governo de Paula, além de impedir a greve e a livre manifestação, age de forma revoltante e cruel contra seus próprios trabalhadores que lutam para não perderem seus direitos previdenciários e trabalhistas através das reformas”, critica mais uma vez a presidente do Sindicato dos Municipários.
Torna-se ainda mais revoltante para os servidores, quando a grande maioria tem salários padrões abaixo do mínimo nacional, vendo suas conquistas servirem de complemento salarial; quando professores e Agentes Comunitários de Saúde não recebem seus pisos salariais instituídos por leis federais e quando técnicos científicos têm seus salários cada vez mais rebaixados e a isonomia sendo rompida. Tudo isto, na história recente, tem sido piorado pelos governos dos quais a prefeita fez e faz parte.
“Nós municipários, com a dignidade e vontade de luta que sempre foram características desta categoria, devemos nos manter resistindo, e agora, com as reformas da previdência e trabalhista, entendemos que todos têm de lutar por si mesmos, pelos filhos, pelos alunos, e pelas comunidades”, afirma Tatiane, acrescentando que “estas lutas são para manter o presente, garantir o futuro e dele não se abre mão, nenhum direito a menos, portanto todos devem se somar neste dia 28, dia de Greve Geral!”, salienta.
Para a Greve Geral deste dia 28, em havendo paralisação do transporte coletivo, aqueles servidores que dependem dele para seu deslocamento ao trabalho, e assim ficarem impossibilitados, não podem sofrer prejuízos funcionais ou remuneratórios por este motivo.
O Simp buscará resolver a questão dos dias já descontados e os que por vierem no debate com a prefeita referente à pauta data-base, já que um dos seus elementos é a composição de conflitos, pois na verdade o que a Prefeitura vem fazendo nada mais é do que uma tentativa de impedir a luta contra as reformas e, para isso, poderá ainda se questionar judicialmente. “Enquanto houver luta, ainda teremos legislações que nos respaldem, pois se aprovada a reforma trabalhista, já não haverá mais esta certeza”, finaliza a presidente do Simp.