O Sindicato dos Municipários de Pelotas critica a decisão do prefeito Fetter Jr. de pagar em duas parcelas as diferenças retroativas a maio dos valores referentes aos reajustes salarial, de vale-alimentação e de base de incidência para fins de vantagens funcionais definidos na negociação da data-base do funcionalismo.

A Prefeitura anunciou o pagamento em duas vezes, junto com os salários dos meses de julho e agosto, das diferenças salariais dos servidores.

“Não há qualquer justificativa para o pagamento das diferenças do reajuste em duas parcelas pois o índice percentual aplicado sobre os salários já era apontado pela  Administração Municipal ainda no mês de maio”, critica o presidente do Simp, Duglas Lima Bessa.

Para ele, estas diferenças já deveriam ter sido pagas em folha suplementar, tão logo encerrada a negociação. “Em nosso entendimento, a Prefeitura busca mais uma vez fazer caixa em cima da categoria, retendo valores que por direito teriam de estar no bolso dos servidores”, acrescenta.

Sobre a alegação da Administração Municipal, de demora na definição da negociação por parte dos municipários, Duglas aponta para a exclusiva responsabilidade do Governo, “tendo em vista todo o desrespeito e demora na forma das negociações por parte da Prefeitura, gerando impasse e falta de avanços coerentes com as necessidades básicas do dia a dia”.

“Estas afirmativas são um verdadeiro absurdo, pois se houve atraso nas negociações este ocorreu por única e exclusiva responsabilidade do Governo Municipal e, portanto, do próprio prefeito Fetter Jr.” critica Duglas, lembrando que a pauta de reivindicações dos Municipários foi entregue à Prefeitura em 28 de abril e respondida somente em 18 de maio.

“Esta demora foi totalmente injustificada, principalmente por não conter absolutamente nenhum item que ao menos se aproximasse das reivindicações da categoria, em especial quanto ao reajuste salarial, em que foi oferecido nada mais do que o índice oficial da inflação e aumento de R$ 10,00 no vale-alimentação”.

“Entendemos que o único responsável pela alegada demora é o próprio Governo Municipal, que inicialmente demorou vinte dias para responder à pauta de reivindicações da categoria e, quando respondeu, disse que reajustaria salários somente pelo índice da inflação, aumento em R$ 10,00 mensais o vale-alimentação e que não teria condições de cumprir a Lei que estabelece o piso nacional do magistério”, aponta o presidente do Simp.