O encontro teve como referência para debate a Plataforma dos Municipários e a organização de uma série de agendas específicas

Trazendo as principais reivindicações da categoria, o SIMP se reuniu em sua sede ontem (9) pela manhã com o governo municipal, iniciando o diálogo na busca de encaminhamentos efetivos para os trabalhadores.

No encontro que reuniu a direção do SIMP com o prefeito Eduardo Leite (PSDB), a vice Paula Mascarenhas (PPS), o Secretário de Gestão Administrativa e Financeira, José Francisco Cruz e o Procurador Geral Carlos Francisco Diniz, foram listados vários elementos que compõem a pauta dos servidores, dando abertura a uma pré-negociação dos pontos de interesse dos trabalhadores municipários.

Demandas da categoria como saúde, piso, guarda municipal, educação e a necessidade de regulamentação de leis que tem por objetivos buscar uma maior abrangência da legislação para determinados segmentos da categoria, foram prioridades na reunião.

Para a Vice-Presidente do SIMP, Tatiane Lopes Rodrigues, o encontro foi positivo no sentido da abertura de canais de diálogos para o Sindicato com o poder público: “No governo passado, não tivemos essa abertura. Para nós é de extrema importância dialogar e trazer as necessidades dos trabalhadores”, declarou.

Os principais encaminhamentos do primeiro encontro do SIMP com o governo municipal definiram agendas a partir da semana que vem com a Secretaria Administrativa e Financeira para tratar de um terço de férias da educação e debater o décimo quarto dos Agentes Comunitários de Saúde, além de outros pontos de cunho financeiro. Para temas mais complexos, como por exemplo, a carreira do quadro geral dos servidores e o Piso Nacional, o prefeito e a vice expressaram a necessidade dos encontros com o SIMP serem continuados somente a partir de março – devido a organização que precisam para recomeçar as atividades do município, – onde, a partir do começo do ano letivo, serão debatidos com maior profundidade.

O governo Fetter entregou nas mãos da nova administração diversos problemas e demandas que não foram atendidas na pauta dos trabalhadores municipários. Um governo centralizador que não solucionou as reivindicações da categoria. Diante deste fato, o prefeito Eduardo Leite reconheceu que o diálogo iniciado com o SIMP mostra a diferença do governo passado com os trabalhadores: “ Tendo em vista que no passado este relacionamento foi mais tumultuado, queremos dialogar com os Municipários, entendendo que o problema é de todos nós e não apenas da categoria”, disse o novo prefeito. O Presidente do SIMP, Duglas Bessa, atentou para a importância da concretização dos encaminhamentos, lembrando que no passado, o SIMP já se reuniu com o secretariado e muitos problemas tiveram seu andamento burocratizado:  “Só dialogo não significa que teremos grandes avanços. Esperamos que, de fato, haja mudança e melhoria para a categoria”, declarou Bessa.

Os demais temas contidos na Plataforma dos Municipários, que dão uma amplitude maior nas pautas específicas dos segmentos que compõe a categoria, foram encaminhados nesta quinta-feira (10) por meio de ofício ao prefeito municipal, que se comprometeu em designar os representantes do Executivo que irão debater a partir das próximas semanas os determinados temas.

Não cumprimento do pagamento no quinto dia útil do mês, prejudica a vida dos trabalhadores municipários
O prefeito Eduardo Leite (PSDB) inicia sua gestão de forma negativa com os servidores municipais. O quinto dia útil do mês, que é o limite para o pagamento dos municipários, foi estendido para o dia 8 de Janeiro, conforme nota publicada no site da prefeitura apenas hoje. Segundo a nota,   a Secretaria de Gestão Administrativa e Financeira (Sgaf) informou aos municipários que o pagamento dos salários referentes ao mês de dezembro de 2012 será efetuado na próxima quarta-feira (9) e não relatou o motivo do atraso.
O atraso de pagamento, como a muito tempo não ocorria, pode trazer inúmeros prejuízos aos servidores. De acordo com a vice-presidente do SIMP, Tatiane Rodrigues, o não cumprimento do governo municipal, é injusto e prejudicial à categoria: “Além de desorganizar os trabalhadores municipais, um dia de atraso toma proporções maiores principalmente àqueles servidores que têm empréstimos, que fazem parte da grande maioria”, disse.
O SIMP estuda junto a sua assessoria jurídica, uma forma de dar respaldo judicial aos municipários que tiverem prejuízos financeiros com o atraso da folha de pagamento.