INCENTIVO PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE: PREFEITURA SE UTILIZA DE PARECER PARA NEGAR DIREITO AOS SERVIDORES
12/07/12
Em reunião realizada na tarde do dia 28 de junho entre a direção do Sindicato dos Municipários e integrantes da comissão representativa dos Agentes Comunitários de Saúde com a secretária de Saúde do Município, Arita Bergman, a procuradora Daniela Balz Otto, e a representante da secretaria de Administração, Magda Vargas, foi informado aos servidores que não seria mais possível, naquele momento, o encaminhamento de projeto de lei prevendo o pagamento da parcela denominada incentivo aos agentes, por impedimento da Lei Eleitoral.
O incentivo é uma parcela remuneratória paga aos profissionais que integram o programa Estratégia de Saúde da Família (ESF), mas que não inclui os Agentes Comunitários de Saúde.
Conforme o presidente do Simp, Duglas Lima Bessa, naquela reunião a secretária de Saúde declarou, a partir do parecer da procuradora Daniela Balz Otto, que não era mais possível conceder incentivo aos agentes comunitários de saúde devido ao impedimento imposto pelo calendário eleitoral.
SIMP FAZ ENCAMINHAMENTOS JUNTO AO PREVPEL
11/07/12
Tendo por origem uma antiga demanda do Conselho Deliberativo do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Pelotas, Prevpel, o órgão já está realizando o cadastramento biométrico de todos os titulares e dependentes do Fundo de Assistência Médica (FAM), no seu horário de expediente normal, das 8h30min às 13h30min, junto ao balcão de entrada.
Para Tiago Botelho, diretor do Sindicato dos Municipários e integrante do Conselho como representante do Simp, o cadastramento biométrico, não só como mero registro das digitais dos servidores e seus dependentes, tem a função de agilizar o atendimento nos laboratórios, consultórios médicos e pronto atendimentos, devido ao fato de que, a médio prazo, não será mais necessária a retirada de requisições na sede do Prevpel para utilizar estes serviços, além de evitar a utilização indevida por pessoas que não são pertencentes ao Fundo. Leia Mais >
FALTA DE PROFESSORES NAS ESCOLAS MUNICIPAIS
09/07/12
Não é só a falta de servidores que tem prejudicado o bom atendimento à comunidade escolar. O Simp também tem recebido inúmeras denúncias quanto a falta de professores para diversas disciplinas em várias escolas do Município.
Duglas Lima Bessa cita como exemplo a Escola Alcides Mendonça Lima, que não tem professor de matemática para a sexta série desde o início do ano letivo. “Já foram encaminhados diversos ofícios à Smed desde o final do ano passado, sem qualquer resposta efetiva por parte da Secretaria”. “Esta situação se repete na escola Rafael Brusque, com falta de professores de inglês, matemática e ciências também desde o início do ano letivo”, acrescenta.
“Temos um concurso ainda em vigência e totalmente insuficiente, desde a sua constituição, às necessidades das escolas. Recentemente o executivo aprovou na Câmara de Vereadores mais de duzentos contratos administrativos sem a devida justificativa quanto à necessidade destes no âmbito da prefeitura. Nenhum contrato foi feito para professor”, diz.
QUEREMOS PERTENCER AOS 200 ANOS
09/07/12
Nestes 200 anos da comemoração do aniversário da cidade de Pelotas nós, trabalhadores desta cidade, e em grande parte os merecedores do mérito desta passagem histórica, gostaríamos que os motivos para comemorar fossem tão grandes quanto é o nosso sentimento de amor a esta cidade. Sentimento esse que se absorve quando começamos a ver as mazelas em que a cidade se encontra. No entanto, o poder público anuncia uma grande comemoração que não condiz com a realidade da população pelotense.
Enquanto o prefeito Fetter Júnior anuncia a cidade do alto, mostrando e enaltecendo os casarões, os trabalhadores se encontram lá embaixo, com cartazes e questionamentos que nos levam a pensar para quem está sendo feita a comemoração dos 200 anos. Queremos saber! Queremos participar! Mas como iremos comemorar? Gostaríamos de também aparecer no alto com nossa satisfação de fazer parte da cidade em que todos podem comer o doce. A doce cidade de Pelotas! A cidade das charqueadas, feita pelos escravos, construtores dos casarões, que hoje continuam servindo de cômodos para a elite (detentora do poder público) e que tão pouco tem mostrado em suas ações contemplar aqueles que continuam fazendo a cidade funcionar.
Temos visto historicamente uma cidade que há décadas sofre com a política do coronelismo. Os gastos públicos vêm disfarçados em uma revista que propagandeia uma cidade fantasiosa e doce e é distribuída para a população mostrando que educação, saúde e cultura são pontos de investimento do governo atual. Paremos para olhar bem esta cidade. Perguntemos como ela se encontra para qualquer cidadão que depende do poder público e logo teremos como resposta uma realidade triste e lamentável. Postos de saúde sucateados, pronto socorro lotado, falta de profissionais em diversas áreas da saúde, greves contínuas em quase todos os setores públicos que traduzem o descontentamento dos servidores com relação aos investimentos e ao destino do dinheiro público.
Na educação, as escolas sofrem com muros caindo; computadores que não funcionam, tecnologias de informação e comunicação que estão aquém dos objetivos pedagógicos, ambiente escolar que sequer possui internet, enquanto grande parte dos discentes já possui acesso a estas tecnologias; superlotação, principalmente nas escolas de educação infantil; professores que lutam por um piso já aprovado há quatro anos nacionalmente, cuja prefeitura teima em querer aprovar via plano de carreira, e assim destruir com a possibilidade tão sonhada de um real aumento que consiga se traduzir em melhorias na sua condição de vida e de trabalho. E a maioria dos servidores com padrões salariais iniciais abaixo do salário mínimo? E a falta de ganho real durante muitos anos?O que comemorar nestes 200 anos? Não conseguimos visualizar o que a propaganda da cidade teima em publicar! Onde está aquela boa via pública? Acaso estariam nas sinaleiras que não funcionam? No caos que se visualiza permanecer nos retornos da Avenida Fernando Osório? Nas ruas esburacadas dos bairros de periferia? Nos buracos das estradas de chão da zona rural? Onde está o teatro sete de abril? Onde está o carnaval como festa que atende a toda comunidade pelotense? Acaso estariam todos os nossos investimentos em salários de cargos de confiança? Acaso estariam nas viagens para Europa? Acaso estariam nos panfletos lustrosos que retratam uma cidade fantasia? Acaso estariam nos filmes que financiam a Globo? Acaso estariam nos incentivos fiscais para grandes empresários? Teríamos muitas outras perguntas a fazer e continuaríamos buscando as respostas…
Portanto, nos sentimos a margem da comemoração dos 200 anos! Não é um feriado que irá nos proporcionar o sentimento de pertencimento a esta história. Queremos participar desta comemoração sim. Queremos adorar a nossa cidade. Mas precisamos que o poder público no enxergue como prioridade. Somos trabalhadores. Somos cidadãos. Somos pelotenses. Somos o alicerce do que hoje se faz Pelotas. Queremos, portanto, perguntar novamente: 200 anos de quê?
SIMP – SINDICATO DOS MUNICIPÁRIOS DE PELOTAS